Carlos Martins
Não esteve muito em jogo mas quando o fez, fê-lo bem. Logo aos dezoito minutos, por exemplo, combinou com Sá Pinto para esburacar a defesa portista e lançar o capitão para um cruzamento que deu em golo anulado; pouco depois finalizou ele próprio um pouco ao lado; já no início da segunda parte recuperou uma bola e isolou com pozinhos de magia Deivid na cara de Baía para o golo do Sporting. Decisivo, pois. Pouco depois lesionou-se sozinho e teve de sair de campo. Em lágrimas. Não merecia tanto azar.
Deivid
Não teve um jogo fácil, até porque a bola raramente lhe chegou em condições jogáveis lá à frente. Em boa verdade, porém, também não fez muito para inverter este quadro. Mexeu-se pouco e tornou-se por isso uma presa fácil para os adversários. Mas que interessa tudo isto se no essencial Deivid foi determinante? Se marcou o golo da esperança, já depois de já ter feito outro que foi bem anulado por fora-de-jogo? Liedson pode continuar castigado. Há mais quem responda bem quando se pedem golos.
Ricardo
Não começou bem o jogo, logo aos 21 minutos socou para uma zona de perigo uma bola fácil e aos 23 desviou com dificuldade um canto directo que não trazia perigo. A jogar num ambiente profundamente hostil parecia estar a deixar-se intimidar pela agressividade dos adeptos do F.C. Porto, mas acabou por safar-se bem com meia-dúzia de defesas importantes que o lançaram para uma noite segura. Um herói, esta noite.
Polga, muito infeliz
Logo nos primeiros minutos deixou-se antecipar por McCarthy para um toque que semeou o pânico na grande área, pouco depois ficou preso ao chão enquanto o mesmo McCarthy cabeceava ao lado. A noite não lhe estava a correr bem, mas haveria de ficar pior. Aos 61 minutos comete penalty por mão na bola que o árbitro não marcou e aos 66 introduz a bola na própria baliza com muito azar. Infelicidades, é certo, mas muitas.
Nani
Num jogo em que voltou a haver menos João Moutinho do que o habitual, o jovem leonino tratou de pegar nas rédeas do pouco futebol leonino que houve e dar-lhe o toque de talento que lhe permitia encontrar caminhos para se estender no campo. Valeu de pouco, tão poucas foram as ocasiões de golo que o Sporting teve, mas ficou registado o esforço. Que só foi prejudicado por um certo desaparecimento do jogo na segunda parte.
Sá Pinto
O capitão já não tem a velocidade de outros tempos e isso pesa cada vez mais nas exibições. Particularmente quando parte para duelos de um contra um. No resto, porém, continua igual. Uma fonte de vontade e arreganho, um exemplo para os companheiros e um factor de motivação. Fartou-se de correr, de gritar e de lutar, tendo ainda arrancado uma jogada de golo que só não foi perfeita porque Deivid estava em fora-de-jogo.