A diferença mínima pode ser enganadora, atendendo ao domínio quase total do F.C. Porto em posse de bola e iniciativa de jogo, mas revela a falta de intensidade do jogo portista.

Paulo Fonseca optou por testar soluções alternativas no onze (Fabiano, Diego Reyes, Victor Garcia, Carlos Eduardo, Ghilas e Ricardo foram titulares), mas talvez não esperasse um triunfo assim tão minimalista.

Mérito do Trofense, que fez um jogo operário e esforçado, e algum demérito portista também, pelo modo pouco agressivo como encarou a zona de finalização.

O início de jogo nem parecia indicar esta tendência. O F.C. Porto entrou decidido a marcar cedo, com Ghilas a querer mostrar serviço. Mas ainda não foi desta que Jackson Martinez se terá sentido em perigo ou, pelo menos, com uma alternativa real à sua veia goleadora: Ghilas apareceu na área com perigo algumas vezes, mas nunca foi capaz de faturar.

Valeu o belo momento de Varela, autor de um golo vistoso, num remate potente e colocado, sem hipóteses para Conrado. Era o arranque para um triunfo gordo e tranquilo? Nem por isso.

O Trofense, aqui e ali, até se atreveu a perturbar a paz de Fabiano, mas manda a verdade que se diga que a qualificação do F.C. Porto nunca esteve em causa.

Simplesmente, o 1-0, que antes do encontro parecia um resultado implausível, assim magro e tangencial, acabou por tornar-se o desfecho normal para uma partida dominada pelo signo da poupança.

Testar alternativas numa partida como esta faz todo o sentido, mas acabar o encontro a levar com assobios dos fiéis adeptos portistas é que era de evitar.

Venha a receção ao Zenit, já na terça-feira. Aí vai ser com a equipa principal e vai ter que ser com muito mais intensidade.