A derrota do F.C. Porto às mãos do Nacional da Madeira iguala os piores resultados portistas em casa, no campeonato nacional. Só isto dá uma ideia da gravidade desta sexta-feira à noite.
Uma coisa assim é por definição imprevisível e ninguém pode dizer que estava à espera de algo parecido, embora o F.C. Porto caminhasse já para três meses sem ganhar no Dragão. Mas ainda não perdera com José Couceiro e até ganhara de forma moralizadora em Penafiel.
Se uma derrota assim, trágica, era imprevisível, nem por isso deixa de ser justa. Porque o Nacional jogou bem e o F.C. Porto mal, sim, mas sobretudo por um outro factor.
O F.C. Porto formou nos últimos três anos uma das mais espantosas equipas de sempre no futebol português. Pois bem, os mesmos dirigentes encetaram nos últimos oito meses o processo de destruição daquilo que tinham ajudado a formar.
Para Pinto da Costa a derrota com o Nacional da Madeira fica como a mais dura alguma vez sofrida em casa. Pois bem, pelo que fez e permitiu que fosse feito esta época, o presidente portista mereceu cada golo encaixado por Vítor Baía.
Até pode ser que acabe campeão, porque esse é um título que esta temporada ninguém parece querer, mas não o merece.