É mais um português que chega ao Chelsea. Fábio Paim vai juntar-se a Hilário, Paulo Ferreira, Bosingwa, Ricardo Carvalho e Deco nos londrinos, por empréstimo de um ano. A ida para Inglaterra apanhou o jogador do Sporting completamente desprevenido, depois de ter sido emprestado ao Olivais e Moscavide, ao Trofense e ao Paços de Ferreira. Paim ainda nem acredita no que lhe aconteceu.
«É uma surpresa mais que grande, não estava nada à espera, como é óbvio estou muito feliz, não tenho palavras para descrever, ainda não acredito, só quando estiver lá», disse o extremo português ao Maisfutebol. «É uma coisa inacreditável, é um passo muito importante, é, sem dúvida, o maior da minha carreira», acrescentou.
Fábio Paim lembra os clubes que representou, mas admite que, no Chelsea, as coisas vão ter de mudar. «Por onde passei dei sempre o melhor de mim e, tal como agora, vou trabalhar e espero que seja tudo diferente, que possa alcançar os meus objectivos», sublinhou o português, por quem os blues detêm opção de compra.
Em Stamford Bridge «moram» alguns dos maiores craques do futebol mundial. Paim ainda nem pensou no que será estar no mesmo relvado que Lampard, Deco, Drogba ou Ballack. «Nem imagino o que deve ser», disse.
«Merecia ser observado pelo Sporting na pré-época»
Fábio Paim não percebe uma coisa: como pode ir para o Chelsea se nunca teve espaço no Sporting. «Há coisas que não têm explicação, em todos os clubes quem manda é o treinador, não sou aposta para Paulo Bento e só tenho de respeitar», sublinhou
Apesar de entender as opções do técnino leonino, o extremo crê que ir para Londres prova que podia ter sido aproveitado em Alvalade: «Não tenho dúvidas, pelo menos merecia que me observassem na pré-época.» Sem querer causar polémica, Paim repete que tem de «respeitar» as decisões do clube: «O Sporting não quer o meu mal, acharam é que era melhor assim.»
Sem saber se vai ficar com a equipa principal do Chelsea, o extremo e internacional português em vários escalões acredita ter valor para ficar em Stamford Bridge: «Claro que tenho, senão nem valia a pena aceitar ir. Agora, tenho de trabalhar muito para chegar lá e conseguir alguma coisa.»
Em resumo, Paim explicou os contornos do negócio: «Vou para lá um ano, eles têm opção de compra e, claro, têm de observar-me. Vou treinar e depois vamos ver. Ainda não sei em que equipa vou ficar, o treinador e as pessoas que mandam é que vão dizer.»
De acordo com Paim, que recebeu a notícia através do empresário Jorge Mendes, o extremo parte esta quinta-feira para Londres.