Num fim de semana em que houve Mundial de Clubes no Japão e algumas surpresas nos relvados europeus – como é normal – são os treinadores a agitarem o mundo do futebol – como não é tão normal: até porque são muitos e bons, todo ao mesmo tempo.

A dança dos (melhores) treinadores
Está a chegar-se à paragem de inverno e vai abrir a janela de transferências. Mas, nesta altura, como não costuma ser hábito, os nomes mais falados são os dos... treinadores. Neste fim de semana, dois dos melhores treinadores do mundo (que admitem muito poucos parceiros neste seu estatuto) ficaram no mercado: José Mourinho e Pep Guardiola. Manuel Pellegrini já antevê o espanhol no Manchester City. No Bayern, porém, Carlo Ancelotti já foi confirmado oficialmente para a próxima época. Mourinho está livre. Mas pode haver mais. Louis van Gaal já se diz preocupado...

A goleada do fim de semana
Rafa Benítiez não quis mostrar-se preocupado com a possibilidade de Mourinho regressar ao Real Madrid, mas não deixou de apanhar um susto neste domingo. Antes de chegar o alívio, com a goleada do fim de semana por números já raramente vistos. Os merengues entraram a ganhar com um golo de Danilo, mas o Rayo Vallecano deu a volta ao marcador. Depois, foi o show de golos «merengues» com quatro de Bale, três de Benzema e dois de Cristiano Ronaldo para o invulgar 10-2 final.



Luis Suárez no topo do campeão do mundo
O Barcelona é novamente campeão do mundo de clubes reforçando o domínio dos emblemas europeus na conquista deste troféu – como pode ler também nesta edição. O tridente atacante da equipa espanhola é o mais ameaçador do mundo e há sempre um dos três que acaba por brilhar (quando não são todos). Nesta final em que o Barça venceu o River Plate (por 3-0), como no geral do Mundial de Clubes, Suárez foi o jogador mais influente marcando dois golos no jogo do título e num total de cinco.

Stamford Bridge recebe Hiddink a gritar «José»
Voltamos ao lado de fora do campo para regressar ao treinadores e à substituição de José Mourinho em concreto no Chelsea. Os «blues» ganharam no primeiro jogo sem o português e já com o novo treinador na bancada. Guus Hiddink viu a sua nova equipa vencer, mas não viu festa nas bancadas. Pelo contrário, assistiu a protestos dos adeptos que fizeram questão de mostrar de várias formas a desilusão para com o dono do clube, sentado ao lado do novo treinador (com Drogba pelo meio). Roman Abramovich socorre ao treinador holandês pela segunda vez depois de, em 2009, Hiddink ter-lhe feito o jeito de substituir Luiz Felipe Scolari nos «blues» enquanto era selecionador da Rússia.

«Atleti» cai pelo pé de Charles
Com o Barcelona a jogar o Mundial de Clubes, o At. Madrid tinha uma excelente oportunidade para ficar líder isolado da liga espanhola. Falhou. O «Atleti» de Simeone perdeu em Málaga e perdeu uma oportunidade de ouro para ganhar uma vantagem tão difícil de conseguir sobre o atual Barcelona. A queda dos «colchoneros» acabou por acontecer a dois tempos sendo o primeiro pelo pé direito de Charles e o segundo pelo ressalto em Godín, cuja ironia do desvio da bola ara a baliza de Oblak foi a setença de um jogo em que a equipa da casa foi a que esteve sempre mais perto de marcar.



Leicester: quem te viu, quem te vê
Mais uma jornada, mais uma vitória. O Leicester continua em grande estilo no comando da liga inglesa e, desta vez, foi ganhar 3-2 ao difícil campo do Everton. Ao fim de 17 jornadas, a equipa de Claudio Ranieri comanda com 38 pontos tendo apenas perdido 13 em 51 possíveis. Quem diria que, há precisamente um ano, o Leicester era o último classificado da Premiership. Com cinco pontos de vantagem sobre o Arsenal e seis sobre o Manchester, o líder da liga inglesa sabe que vai ganhar pontos a um deles ou aos dois depois de «gunners» e «citizens» se defrontarem nesta segunda-feira.

P.S. 1
E lá vem a «Juve»
Já o tínhamos previsto na semana passada, neste fim de semana confirmou-se a previsão. O Inter perdeu em casa com a Lazio no jogo grande da 17ª jornada da Serie A. E a Juventus já só está a três pontos do primeiro lugar detido pelos «nerazzurri».

P.S. 2
Marco Silva total
O treinador português já tinha batido o recorde de melhor arranque no campeonato da Grécia com 11 vitórias em 11 jornadas. Agora, o Olympiacos de Marco Silva completou uma volta do campeonato sempre a ganhar: são 45 pontos possíveis em 15 jogos.