Não crucifiquem mais o Barbosa: Sturridge, a marioneta de Pirlo

Hey! Que maldade! Não se faz a quem te veio ver jogar de perto, Andrea! Eu vi-te ir para a bola, tinhas de lhe tocar, tinhas de a levar contigo. Acariciá-la como tu sabes. Tinhas de seguir a jogar. Até podias voltar a fintar-me e, sim, fazer golo. Ou passá-la, num dos teus milhares de passes de la crème e um dos teus amici assinar a nossa derrota. A derrota dos Três Leões. Mas não podias simplesmente abrir as pernas, cavando um fosso no meu orgulho. Shame! Devias ter vergonha! Tinhas de fazer tu qualquer coisa com ela. Não podias, não podias não tocar, e inventar aquilo. Uma assistência com o pensamento, nada mais. Um passe por telepatia, ou outra bruxaria qualquer. Há coisas que nós não fazemos uns aos outros, quando chegamos a este nível. É um código de honra que temos, lembras-te? Eu sei que não sou ninguém, sei que se fosse o Gerrard não seria assim, que lhe terias respeito, mas, God damn it, porquê eu? Esse costuma ser o Balo, ele é que tanto faz para dizer isso. Quantas vezes deve ter ele repetido aquele perche sempre io que costuma dizer quando o Jagielka cortou sobre a linha - antes que a FIFA tivesse tempo de acionar o sistema milionário que comprou para mostrar o que mais ninguém consegue ver - aquela loucura parva, aquele chapéu impensável que só a ele não surpreendeu! Eu sei que marquei. Sei que o Sterling e o Wayne deram-me essa redenção, mas daqui a uns dias já ninguém vai lembrar-se do meu golo, mas vão recordar, agora e nos vídeos na internet por anos e anos, aquilo que tu me fizeste. Isso, aquele cruzamento do Candreva para o Balotelli, e o passo ao lado do Joe Hart no teu livre-banana. Que maldades nos fazes, Pirlo! Somos tuas marionetas.  Una vecchia storia!