O momento menos bom e a pressão com que o Vitória Guimarães entrará em campo, serão factores que o Olhanense tentará explorar no jogo de sábado (18 horas), em Olhão. A ideia é do treinador Daúto Faquirá, que pede concentração e rigor aos seus jogadores.

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«Sou sempre uma pessoa tranquila, com noção da realidade e das dificuldades que vamos encontrar, sem alterar o meu discurso sobre a nossa realidade: somos uma equipa que vai trilhando o seu caminho com um objectivo muito claro e exequível e que, a partir daí, poderá tentar melhorar o que fizemos no ano passado. Para este jogo encontramos um adversário com apenas quatro pontos e que vem de uma derrota em casa e uma vitória para a Taça arrancada a ferros, somando apenas uma vitória no campeonato, e que não vem num bom momento. Se este quadro nos será favorável é algo que só vamos perceber durante o jogo, depende da forma como ele decorrer. O Vit. Guimarães sabe que vai encontrar uma equipa fortíssima em casa, enquanto eles, perdendo, podem agudizar a sua situação. Vamos jogar com esses aspectos todos», definiu o treinador do Olhanense.

«O Vitória Guimarães tem uma vitória conquistada fora de portas, diante do Nacional, onde encontrou uma equipa que se expôs em termos espaciais, e isso foi benéfico para eles. Nós aqui não vamos entrar com uma estratégia de nos expormos, de procurarmos a todo o custo os três pontos, porque nós também temos as nossas armas. O Vitória Guimarães sabe que se expuser, nós somos fortes nas transições ofensivas e muito fortes no contragolpe, temos jogadores rápidos no ataque e nas alas e aproveitamos bem essa eventual exposição. Teremos de ser uma equipa concentrada e rigorosa para conseguir fazer os três pontos. A intensidade que colocarmos no jogo vai ser altíssima e o Rui [Vitória] sabe disso muito bem. Tal como nós os estudámos, eles também nos estudaram. Antevejo um jogo difícil para as duas equipas que se irá decidir num pormenor. E nós temos trabalhado para que o pormenor que decide os jogos penda para o nosso lado», acrescentou.

Oficialmente, o Olhanense não joga desde 2 de Outubro. Uma paragem prolongada para uma equipa profissional. «Nós preferíamos, obviamente, ter estado em competição, não termos parado sequer um domingo, quantos mais os que parámos. O ritmo competitivo não se obtém com os jogos-treino que fizemos para manter os níveis de motivação e competição minimamente ao nível que queremos, mas é completamente diferente. Vai ser um jogo difícil mas qualquer desvantagem que possa existir irá esbater-se na nossa vontade de ultrapassar tudo isso com muito rigor e colocando muita intensidade no jogo, uma das imagens de marca da nossa equipa», lamenta Faquirá.

Depois do Vitória Guimarães, a equipa algarvia jogará com o Benfica e F C Porto, e com jogos da Taça da Liga, com o Estoril, pelo meio. «É um ciclo difícil em termos teóricos, naturalmente que o é, mas sabemos que teríamos de jogar de qualquer maneira com estes adversários. Nós preparámo-nos para o tipo de dificuldades que aí vêm. Temos um grupo homogéneo que nos dá garantias de poder ir alterando jogadores sem retirar qualidade e nível à equipa. Vamos tentar ultrapassar o mais incólume possível este ciclo, que é difícil, mas também são estes jogos que nos dão motivação, que nos fazem andar aqui, de fazer disto não só uma profissão mas também a necessidade de temos de competir, de uma fonte de prazer e adrenalina que estes jogos nos proporcionam», finalizou Daúto Faquirá.