Declarações de Jorge Costa, treinador do Farense, na conferência de imprensa após a derrota com o FC Porto no Dragão, por 5-1, em jogo da 32.ª jornada da Liga:

«Perdemos de uma forma pesada. Não podemos fugir às nossas responsabilidades. O jogo acabou aos 2 minutos e 12 segundos [aquando da grande penalidade]. O grande responsável da derrota de hoje sou eu, mas também os jogadores. Não estivemos agressivos e não fomos organizados perante um FC Porto terrivelmente eficaz, que marcou as oportunidades que dispôs. Vínhamos de quatro jogos sem perder e não éramos os melhores do mundo. E agora não somos os piores. Mesmo assim, hoje fomos maus. Temos de admitir isso e retificar. Sendo que a margem é cada vez menor. Não há margem para jogos como o que aconteceu hoje.

«O posicionamento do nosso meio-campo não funcionou. Já falhámos individualmente, já falhámos na parte técnica. Ainda no último jogo falhámos em não termos a capacidade de gerir o jogo com bola. Hoje falhámos em termos gerais, de organização [...] Senti a equipa intranquila e de uma forma que não pode acontecer. Hoje houve um descontrolo geral da equipa. Com atitudes menos agradáveis. Perdemos completamente o foco no nosso trabalho, na nossa obrigação. Cometemos erros essencialmente porque o pensamento dos jogadores foi para outros campos que não nos interessa.»

[Sobre a manutenção] «Faltam seis pontos. A situação está complicada. Não era fácil ates de virmos ao Dragão, mas vamos lutar até à exaustão por cada ponto. Temos de fazer o nosso trabalho e esperamos por uma ou outra ajuda externa que neste momento nos convinha. […] Digo isto no sentido de os adversários diretos não possam ganhar os seus jogos. Porque se nos ganharmos e os adversários diretos também ganharem, não chega [para a manutenção].»

[Sobre as quatro mudanças ao intervalo] «A perder por 3-0 e com menos um jogador, só um milagre nos faria sair do Dragão com um ponto, no mínimo. Portanto, tivemos que começar a gerir a época do Farense e a pensar no jogo do Tondela. Foi isso que aconteceu.»