João Rodrigues, presidente do Farense, anunciou esta segunda-feira que o principal objetivo do clube na próxima época passam por garantir a estabilidade na Liga, depois de já ter garantido o regresso ao escalão principal, revelando que o emblema algarvio já ultrapassou os cinco mil sócios. Quanto ao futuro de José Mota, o presidente disse apenas que haverá notícias em «breve».

«O Farense tem de fazer tudo para conseguir ser um clube estável na I Liga e é isso que vamos tentar fazer para o ano», afirmou o dirigente aos jornalistas, à margem de uma receção, com entrega de medalhas aos jogadores, equipa técnica, staff e dirigentes do emblema, na Câmara Municipal de Faro.

O clube de Faro assegurou o regresso à I Liga após dois anos de ausência, depois de ter assegurado o segundo lugar da II Liga, a dez pontos do campeão Moreirense.

O dirigente salientou que «é muito normal que os clubes que estão na I Liga possam ter percursos em que vão para outras ligas», assinalando que, nos últimos dez anos, só cinco clubes – seis caso o Marítimo vença o play-off com o Estrela da Amadora – terão cumprido todas as épocas na I Liga.

O Farense teve uma meteórica presença no escalão principal em 2020/21 após 18 anos longe da elite e João Rodrigues reconheceu que o clube fez «coisas erradas», mas que «houve outras coisas que correram mal» nesse campeonato que não podem ser assacadas aos algarvios.

O presidente sublinhou ainda que o Farense já tem mais de cinco mil adeptos associados – cerca de 40 por cento têm menos de 20 anos e cerca de 20 por cento são mulheres –, o que constitui, como base para «atacar» a I Liga, um «nível muito alto» de sócios fidelizados, «logo a seguir aos três grandes e a mais um ou dois clubes».

O clube já prepara a próxima época e tem «estado a renovar com bastantes» jogadores, apontou João Rodrigues sem especificar quais, garantindo «uma base importante deste ano para o ano que vem, que deu garantias de qualidade, abnegação, perseverança e caráter».

Quanto à possível renovação do treinador, José Mota, o dirigente prometeu notícias em breve, já depois do técnico ter admitido que há «possibilidades» de permanecer em Faro.

Para o futuro, o presidente do Farense já delineou como objetivo a criação da secção feminina de futebol, o que ainda não será possível em 2023/24 devido à falta de campos relvados. «Já fazemos milagres – há um campo que dividimos com mais quatro clubes – e não podemos embarcar numa situação dessas sem termos, pelo menos, mais um campo sintético em Faro», vincou ainda João Rodrigues.