Jorge Costa, treinador do Farense, defende que a sua equipa vai ter de provar, na deslocação de sábado ao terreno do Nacional, que pode fazer «mais e melhor» para fugir ao último lugar da Liga.

«Quando vim para cá, disse, e reafirmo hoje com mais certeza, que temos equipa para mais e melhor. Mesmo sabendo que vamos ter um ciclo dificílimo, não nos vamos vergar, não vamos desistir, vamos trabalhar mais e melhor e com a confiança que podemos, em qualquer campo, lutar sempre pelos três pontos», afirmou na antevisão da partida da 19.ª jornada da competição, o primeiro de quatro jogos fora nos próximos cinco embates do conjunto algarvio.

O novo técnico, que registou um empate e uma derrota desde que assumiu o banco dos algarvios, está consciente de que o Farense tem de pontuar mais vezes na condição de visitante - soma apenas um ponto fora -, até porque, dos dezassete jogos que ainda tem pela frente, dez serão longe do seu recinto.

«Temos de fazer ver aos jogadores que temos de jogar igual fora e em casa. Na situação atual, em que jogar fora ou em casa não faz grande diferença, porque infelizmente não há público, não há nada que nos possa fazer perder a confiança», sublinhou.

Neste sentido, Jorge Costa prometeu «trabalho e dedicação», sustentando que a sua equipa «tem potencial para conquistar muitos pontos fora».

«É um jogo em que vamos ter de sofrer, em que vamos ter de nos superar. Com todo o respeito, como tenho por todas as outras equipas, queremos voltar da Madeira com os três pontos», frisou.

O treinador do Farense caracterizou o Nacional como «uma belíssima equipa, muito bem orientada, que gosta de ter bola, que tem os processos já muito bem definidos e que já vem, de há algum tempo, a trabalhar com este treinador [Luís Freire]».

Sobre a conferência de imprensa realizada pelo presidente da SAD e do clube, João Rodrigues, que após a derrota caseira com o Moreirense (1-2) exteriorizou o «sentimento de revolta» do grupo relativo às queixas sobre várias decisões de arbitragem, o técnico considerou que foi «a partilha de um sentimento generalizado».

«É evidente que têm acontecido coisas estranhas, decisões no mínimo discutíveis, mas também é evidente que há coisas que conseguimos controlar e esse tem de ser o meu foco. Há fatores externos com um peso grande no resultado final que não podemos controlar, podemos denunciar - e o presidente fê-lo -, mas não nos vamos agarrar só a isso», acrescentou ainda.