O FC Porto considera que a decisão do Tribunal Administrativo do Círculo de Lisboa reforça a tese de que «as decisões da justiça desportiva», aquando do Apito Dourado, «foram ilegais e parciais».

FPF vai analisar acórdão

O clube reagiu ao acórdão daquele tribunal num processo do presidente Pinto da Costa contra a Federação Portuguesa de Futebol (FPF). O Conselho de Justiça da FPF tinha castigado o dirigente com dois anos de suspensão, mas o tribunal declarou «inexistente» o castigo, já que afirma que parte da reunião do órgão disciplinar não foi válida.

Apesar de o recurso ter sido em nome de Pinto da Costa, os dragões escrevem, em comunicado, que «o Tribunal Administrativo de Círculo de Lisboa decidiu a favor de Jorge Nuno Pinto da Costa e, por consequência, a favor do FC Porto», que, na altura, lhe viu serem subtraídos seis pontos no campeonato.

O clube acrescenta que à FPF «cabe agora acatar a decisão do colectivo de juízes do Tribunal Administrativo de Lisboa, ou, em alternativa, recorrer», enquanto o «FC Porto manterá a serenidade de quem sabe que a razão está do seu lado, como já antes tinha ficado provado nos diferentes acórdãos/sentenças» de vários tribunais, desde o Arbitral do Desporto aos Criminais e Relação portugueses.

Boavista tem processo a decorrer no mesmo tribunal

O Boavista também é parte interessada neste caso, já que na mesma reunião do Conselho de Justiça, e que está na base deste recurso, os axadrezados foram condenados com descida de divisão. «O Boavista não fala sobre esta decisão», disse fonte dos portuenses à Lusa.

«O clube tem um processo a correr no mesmo tribunal e o ponto forte da argumentação é precisamente o da inexistência da reunião, por isso não queremos que as nossas palavras possam ser interpretadas como uma forma de pressão», acrescentou a mesma fonte.