O FC Porto quer que haja um estudo para saber se o perdão fiscal aprovado pelo Governo na semana passada pode ser aplicado aos clubes, nomeadamente às dívidas do «Plano Mateus», no valor de cerca de 13 milhões de euros.

A medida, aprovada na semana passada em Conselho de Ministros, vai permitir que as empresas que regularizarem as dívidas dívidas fiscais e à Segurança Social até dia 20 de dezembro deste ano, fiquem isentas dos juros.

Durante a apresentação das contas do FC Porto da época 2012/13, Angelino Ferreira, administrador da SAD portista, recorda que, além de outras, os clubes estão ainda a braços com o pagamento da primeira tranche do «Plano Mateus» e sugere que «a nível federativo» haja um estudo sobre se estas situações podem ser integradas no perdão fiscal.

Em janeiro de 1997, a FPF e a Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP), enquanto gestoras de negócios dos clubes de futebol, solicitaram a adesão ao chamado Plano Mateus, que o Governo tinha criado para recuperar dívidas fiscais, quer de empresas, quer de cidadãos. Para pagarem as dívidas fiscais anteriores a 1996, cerca de cem clubes os clubes abdicaram dos 50 por cento das receitas do Totobola a que tinham direito, que reverteram para o Estado sob a forma de dação em pagamento.