A morte de Igor Silva, de 26 anos, durante os festejos do título de campeão nacional do FC Porto, na madrugada de domingo, deveu-se a «questões pessoais» entre a vítima e o agressor, indicou esta terça-feira fonte policial, à agência Lusa.

Esta fonte, ligada à investigação, explicou que «em causa esteve uma questão pessoal» e «desavenças entre a vítima, a família do arguido e o próprio arguido», que tem 19 anos e foi detido na noite de segunda-feira pela Polícia Judiciária (PJ), pela prática de um crime de homicídio qualificado.

À Lusa, a mesma fonte adiantou que o acontecimento que vitimou Igor Silva, que jogou futebol, «não se tratou de disputa de territórios, nem de guerras entre gangues armados, nem teve a ver com futebol» e que, durante as agressões, não foram usadas armas de fogo, mas apenas a faca que o arguido utilizou para esfaquear mortalmente a vítima.

Advogada diz que arguido está «preocupado» e «assustado»

Na manhã desta terça-feira, à saída do edifício da PJ do Porto, a advogada do arguido, Poliana Ribeiro, revelou à comunicação social presente no local que Renato – nome do suspeito – está «preocupado» e «assustado» e ainda «disposto a colaborar e esclarecer a verdade».

O jovem de 19 anos, empregado de limpeza e sem antecedentes criminais, vai ser presente a primeiro interrogatório judicial no Tribunal de Instrução Criminal (TIC) mas ainda não é claro se isso vai acontecer esta segunda-feira, de acordo com a defesa.

Poliana Ribeiro acrescentou, ainda, que o jovem tomou a iniciativa de entregar-se à PJ. Porém, a especialista em direito escusou-se a revelar onde o arguido se encontra desde a ocorrência.

«Houve uma entrega. Houve uma comunicação por parte do Renato, mas, obviamente que foi a Polícia Judiciária que o foi buscar a determinado local, depois de ele informar onde estava. Está disposto a colaborar», indicou.

Na segunda-feira, o FC Porto lamentou a morte de um seu adepto durante as celebrações da conquista do título nacional de futebol.