Foi com um sorriso nos lábios que Felipe abordou a rivalidade FC Porto-Benfica, cujo primeiro capítulo in loco vai conhecer, muito provavelmente, já no domingo, se, como se espera, mantiver a titularidade no onze portista.

O central brasileiro chegou a Portugal neste último defeso, oriundo do Corinthians e agora vai provar, pela primeira vez, o sabor de um jogo com o maior rival portista.

«Sei que a rivalidade é muita. Foi desde que cheguei. Vem dos adeptos, dos companheiros de clube. Sei que é uma das maiores cá», afirma. Depois, sorri e atira: «Estou nessa! Vamos lá defender a minha camisola...»

Felipe mostra-se pronto para encarnar no relvado o espírito e a alma que os adeptos têm pedido à equipa. Aliás, no seu entender, isso nunca pode faltar. «O que podemos prometer é a vontade e entrega de todos. Como temos mostrado em todos os jogos. Até ao último sol. Independentemente de como jogarmos, a entrega tem de ser a máxima dentro de campo. É o sangue ali que não pode faltar nunca», comenta.

A vitória frente ao Club Brugge, na quarta-feira, mesmo não sendo num jogo brilhante, espanta um pouco o empate de Setúbal, que ficou atravessado na garganta. «É uma confiança mais», assume Felipe.

«Chegamos ao jogo [Clássico] com um pouco mais de vontade. A equipa está a acertar-se, está a montar-se muito bem. Aceitamos bastante o que o professor Nuno nos pede e esse jogo do Benfica vai ser um grande jogo. Não há favoritos porque num Clássico é assim, independentemente da posição de cada um», analisa.

«Arriscar? Primeiro é não sofrer»

O FC Porto tem uma desvantagem de cinco pontos para o Benfica na tabela, que pode, então, reduzir para dois em caso de triunfo. Mas, se perder, ficará a oito pontos do rival ao fim de dez jornadas. Cenário muito difícil pese toda a longa caminhada que ainda falta.

De qualquer forma, Felipe não acha que o FC Porto esteja mais pressionado. «Acho que há é mais cobrança», explica. E acrescenta: «É normal. Há muito que os adeptos do FC Porto não têm uma Taça, um campeonato. É lógico que o objetivo é a vitória, mas acho que vai ser um grande jogo.»

«Domingo temos de arriscar, mas também de pensar em defender porque não podemos sofrer. Primeiro temos de não sofrer, porque assim estamos mais perto da vitória», considera.

Por fim, Felipe falou da sua adaptação ao clube, garantindo que está a gostar muito do sistema de jogo do FC Porto e de jogar com Marcano no centro da defesa. E a dupla rende: nos últimos seis jogos, a equipa só sofreu um golo.

«Entendemo-nos muito bem, independentemente da língua. Não só com ele mas com os dois laterais também. Mas a linha defensiva depende também dos avançados para ajudar. Se eles ajudarem ali, a bola chega mais tarde e mais favorável», completa.