Pepe assumiu as saudades do dia a dia normal, dos treinos e de estar com os companheiros de equipa, mas sublinhou que o foco neste momento é ultrapassar uma pandemia que tem paralisado praticamente todo o mundo ocidental.

«É uma situação nova para todos nós, mas estamos a seguir a conduta que nos tem sido pedida. Como pai de duas meninas, tenho de protegê-las o máximo possível. Cabe a nós, como sociedade, unirmos as forças para lutar contra este inimigo que é invisível. Mas como falou o nosso Presidente da República, isto é uma guerra e temos de unir forças para lutar contra este inimigo num momento difícil para todos nós», disse o defesa do FC Porto numa conversa mantida com o assessor de imprensa dos azuis e brancos, Rui Cerqueira, e publicada nas redes sociais.

Pepe falou ainda como o plantel mantém a forma física em casa, para estar pronto a dar a resposta adequada quando as competições forem retomadas. «Estamos a seguir um plano de treinos que o clube nos tem passado. Estamos diariamente em contacto com os nossos treinadores. Obviamente que trabalhar em casa ou no Olival, onde as condições são completamente diferentes, não é o mesmo. Mas é possível trabalharmos, não perdendo o foco que temos de ter: somos jogadores profissionais e não podemos parar completamente. Temos tudo. Só que falta a essência do futebol, aquele contacto com a bola, estarmos em grupo, a palestra do nosso mister, a exigência dele. Faz-me falta isso: a essência do futebol», confidenciou.

O jogador do FC Porto, que enquanto jogador passou por países como Espanha e Turquia, disse estar em contacto com amigos de outros países fustigados pela pandemia e mostrou-se convicto de que Portugal vai conseguir evitar o cenário de Espanha e, sobretudo, de Itália. «Já tive a oportunidade de falar com pessoas amigas de Itália, de Espanha também. Falei com outro amigo da Turquia, mas mais especificamente de Itália e Espanha. São relatos assustadores. É um nível de sofrimento muito grande nas pessoas. Acredito que Portugal até antecipou um pouco o que era esta situação: parou as competições desportivas, primeiro pela Federação e depois pela Liga. O Governo deu uma boa resposta», considerou.