Para além da publicação nas redes sociais, a assinalar que passou precisamente um ano do enfarte sofrido no treino do FC Porto, Iker Casillas revelou também um excerto de uma reportagem do canal espanhol Movistar +, que acompanhou os meses seguintes.

«No dia 1 de maio de 2019 levantei-me para ir treinar, como todos os dias. A dada altura noto que estou a ficar sem ar. Queria respirar e não conseguia. Em nenhum momento pensei que fosse um enfarte», começa por recordar o antigo guarda-redes do FC Porto.

«Passas as noites com angústia. Até um espirro é um drama. Nunca mais dormi de barriga para baixo. O doutor dizia: “Iker, não vai acontecer nada, não vais morrer”. De um momento para o outro dás por ti débil, fraco, desprotegido», acrescentou ainda.

Casillas lembrou a frustração sentida em julho de 2019, perante as dificuldades físicas que sentiu nos testes realizados em Madrid: «Lembro-me que passei mal esse dia. Dás conta que não consegues levantar nem quinze quilos. Isso causa-te um ressentimento interno descomunal.»

A verdade é que Iker foi recuperando bem, recebeu «feedback» positivo dos médicos, e isso começou a gerar um dilema.

«Razões para voltar? Encontrar-me comigo mesmo…mas depois penso: "Que necessidade tens, Iker?" São pensamentos estranhos», assume o espanhol, que não voltou a competir, e que recentemente anunciou a candidatura à liderança da federação do seu país.