O FC Porto apresentou-se com uma vitória por 2-1 contra o Mónaco, no (muito provável) último teste antes da Supertaça Cândido de Oliveira.

O Dragão encheu-se de esperanças renovadas e mostrou o entusiasmo natural de um novo início. Ainda assim, Sérgio Conceição apresentou uma equipa sem caras novas - Veron e Carmo começaram no banco – e ensaiou o onze mais provável para o jogo contra o Tondela do próximo sábado, sem Otávio e sem o ex-Sp. Braga (suspensos).

O campeão português não fez uma exibição de encher o olho. É certo que há coisas a rever, mas houve várias notas positivas a retirar deste encontro especialmente no segundo tempo. A começar, desde logo, por Pepê que transpira confiança e deixou água na boca em vésperas do arranque oficial da época.

O campeão nacional entrou forte, a pressionar alto e com uma vontade tremenda de chegar ao golo. Logo aos cinco minutos, Eustáquio testou a atenção de Nubel. O internacional canadiano fez de Vitinha ao lado de Uribe e de Bruno Costa – no papel de Otávio.

Sérgio Conceição apresentou, de resto, um 4-3-3 que facilmente se transformava em 4-4-2 com Pepê a ter liberdade de movimentos e com Evanison e Taremi como homens mais adiantados. O iraniano foi quem mais perto esteve de marcar na primeira parte: acertou no poste à passagem do quarto de hora e ameaçou um golaço de fora da área três minutos depois.

Por outro lado, o Mónaco, que na véspera derrotou a equipa B portista, mostrou que tem qualidade, sobretudo na frente de ataque com Ben Yedder, Gelson, Volland e Minamino. Foi precisamente o ex-Liverpool quem ameaçou acabar com o clima de festa no Dragão logo nos minutos iniciais. 

O FC Porto ainda não é uma equipa cheia de certezas e caiu ligeiramente na parte final da primeira parte. Apesar de Pepê ter visto Nubel negar-lhe o golo de forma incrível, os dragões passaram por dificuldades fruto de algumas perdas de bola a meio-campo. Valeu Diogo Costa a manter a baliza a zeros.

A segunda parte foi diferente. Os azuis e brancos voltaram a protagonizar uma entrada de dragão e tiveram um golo anulado – marcou Evanilson. Conceição ajudou a equipa a partir do banco com as entradas de Grujic e Otávio e o FC Porto encontrou o caminho para o golo. Antes do penálti conquistado e convertido por Taremi, já o internacional português tinha isolado Zaidu para boa defesa de Nubel. 
 

A louça foi outra, no fundo. O 1-0 acabou por dar justiça ao marcador. Enquanto os portistas cresciam, o Mónaco perdeu fulgor e capacidade para chegar à baliza contrária. Conceição voltou a mexer e deu minutos a Danny Loader, Wendell, Toni Martínez e Galeno – o brasileiro fez o 2-0 praticamente na primeira vez que tocou na bola.
 

A festa que se iniciou bem cedo no Dragão prosseguiu até aos minutos finais. Houve tempo ainda para as entradas de Veron e de David Carmo. Curiosamente, o internacional português poderia ter tido uma estreia de sonho: marcou na primeira vez que tocou na bola, mas o lance foi invalidado por mão.

O Mónaco ainda reduziu por Ben Yedder, de penálti, em cima do minuto 90, mas o Dragão continuou em festa. 
 

Longe da melhor versão, o FC Porto de 2022/23 teve um bom ensaio antes de discutir o primeiro título da temporada contra o Tondela, no próximo sábado.