Julen Lopetegui garantiu que Jackson Martínez é o capitão do F.C. Porto e o avançado tem desempenhado essa função a preceito, para além de manter uma média impressionante de um golo por jogo. Na ressaca da gorda vitória frente ao BATE Borisov, o colombiano falou sobre a responsabilidade de usar a braçadeira.

«O exemplo que dou dentro e fora do relvado. O capitão deve ser uma referência e ter a braçadeira confere uma mais responsabilidade para com o grupo, tenho de ser um exemplo em tudo. Não é só quem fala com o árbitro, ou quem dá ordens aos companheiros, é quem anima e quem ajuda a equipa nos momentos críticos. É isso que tentarei fazer», salientou.

O colombiano ampliou a sua marca para sete golos em sete jogos, para além de enviar duas bolas aos ferros no arranque da fase de grupos da Liga dos Campeões. O que mudou para explicar o belo registo de Jackson? Não foi apenas ele, admite o avançado.

«O que mudou? Os jogadores, a capacidade dos jogadores, o sistema também. A linha está mais subida, agora há mais jogadores a aparecer na área, isso permite-me mais movimentações e tudo isso ajuda para ter mais oportunidades para marcar…»

Ficou o elogio ao sistema de jogo de Julen Lopetegui e à investida do F.C. Porto no mercado de transferências para aumentar a qualidade do plantel. Um dos reforços foi Brahimi, a figura do embate com o BATE.

«Marcar três golos é espetacular para qualquer jogador, mas a sua qualidade não me surpreende, já o tinha visto no Mundial e fiquei feliz quando soube que tinha para o FC Porto. Brahimi é um jogador que desequilibra e marca a diferença em qualquer jogo», elogiou Jackson.

Brahimi completou um hat-trick, Jackson, Adrián López e Aboubakar marcaram os restantes tentos na goleada. O espanhol e o camaronês festejaram pela primeira vez de dragão ao peito.

«Estou feliz pela adaptação de Adrián e Aboubakar, porque é importante para eles e para o clube. Ter mais opções para marcar é sempre importante para uma equipa», reconheceu o capitão do F.C. Porto.

Os dragões pensam agora no dérbi com o Boavista, após a histórica vitória frente à equipa bielorrussa. Jackson Martínez evita a euforia e acredita que a equipa está no bom caminho.

«Ficamos muito felizes pela boa vitória mas o resultado final (6-0) com o BATE não é normal, assim como o empate em Guimarães em que parecia que tínhamos feito o pior jogo do Mundo. Estávamos tranquilos porque temos trabalhado bem e assim vamos continuar», rematou o colombiano.

[artigo atualizado, originalmente de 00h02 de 20 de setembro]