Na época de estreia no futebol português, Agustín Marchesín conquistou a Liga e a Taça de Portugal. O internacional argentino frisou que tomou a decisão acertada em assinar pelo FC Porto e admitiu gostar de representar clubes ambiciosos.

«Gosto dos desafios em clubes onde não ser campeão é um fracasso. E esse é o pensamento do FC Porto: é preciso vencer. Quando te ligam procuram essa mentalidade e perguntam-te o que pensas do clube, quais são os teus objetivos e quais os teus desafios. E tanto eu como o clube pensamos o mesmo, por isso tomei a decisão certa de ir [para o FC Porto]», referiu, em entrevista ao jornal «La Nación».

De resto, o guarda-redes de 32 anos teve a responsabilidade de suceder Iker Casillas na baliza portista. Marchesín confessou que a oportunidade de poder substituir um dos melhores guarda-redes de sempre acabou por fazê-lo ingressar nos dragões e deixar o América, um clube no qual estava «cómodo».

«Fiquei muito contente por uma equipa como o FC Porto ter vindo à minha procura. Para mim foi muito difícil tomar a decisão porque era muito feliz no América, o maior clube do México. Era muito amado e tudo estava bem para mim. Estava muito cómodo, mas foi um desafio muito pessoal e o que o FC Porto acrescentou a possibilidade de jogar na Europa e na Liga dos Campeões. Foram muitas coisas que coloquei na balança e, claro, a possibilidade de vir substituir aquele que creio ser o melhor guarda-redes de todos os tempos», disse, antes de falar em particular sobre a relação que mantém com o espanhol.

«Outro dia estava com ele para receber um autógrafo numa camisola. É uma grande pessoa. Ele é meu ídolo desde pequeno, mas agora tive o prazer de ir a casa dele, conversar com ele, partilhar momentos, pedir-lhe conselhos sobre como jogar, como sair da baliza ou analisar um golo sofrido. Ele mostrou-se uma pessoa verdadeiramente excecional e muito humilde Ele é uma lenda.»

Nos primeiros seis meses em Portugal, Marchesín foi sempre eleito o melhor guarda-redes da Liga, um facto que o próprio descreve como «uma loucura».

«Foi um sonho porque tinha chegado do México onde recebi o prémio de guarda-redes do ano, De repente, no primeiro mês na Europa fui distinguido como o guarda-redes do mês seis vezes seguidas. Foi uma loucura, porque normalmente é preciso um tempo de adaptação. Custou-me mais um pouco na última fase da Liga, mas a equipa mostrou ser muito forte. Estou muito contente. Todos queremos estar bem individualmente, mas muito mais ganhar campeonatos», afirmou.

Além de Casillas, o guarda-redes titular dos azuis e brancos deixou elogios a Pepe. «A verdade é que me dou muito bem com ele e desde o primeiro momento ajudou-me muito. No campo é impressionante. É um exemplo, tem 38 anos e parece um menino de 20 anos quando treina. Com tudo o que representa internacionalmente, é mais um sonho poder jogar com dele», concluiu.