Iker Casillas, em entrevista à ESPN mexicana, compara Hector Herrera a Riquelme e diz que Jesus Corona «é um jogador diferente de todos os outros». O experiente guarda-redes conta ainda que tenciona terminar a carreira no Dragão depois do FC Porto o ter «praticamente obrigado a ficar até aos 40 anos».
Começamos por Herrera que, ao que tudo indica, vai para o Atlético Madrid na próxima época. «Defendo que cada jogador tem de procurar o seu futuro e fico-me com o Herrera atual que dá-nos muito no sistema de jogo. Ajuda tanto Óliver [Torres] como Danilo, assim como eles o ajudam a ele. São três jogadores muito importantes, cada um com a sua maneira de jogar», começa por contar Casillas.
Para o guarda-redes, Herrera está ao nível de Riquelme, antigo internacional argentino que fez carreira no Boca Juniors, Barcelona e Villarreal. «Sendo o jogador mais veterano do plantel quanto a anos no clube, consolidou a sua força como capitão. E como pessoa é um rapaz fantástico. Na sua forma de jogar, é um jogador completo, tem boa visão de jogo, é forte, contundente quando há que defender uma bola ou recuperá-la. Estamos a falar de um jogador muito completo. Ele sempre disse que era parecido com Riquelme, gostava muito do antigo jogador do Boca Juniores, e é verdade, acho que tem coisas muito parecidas com Riquelme. É um grande jogador», acrescentou.
Jesús Corona chegou mais tarde, proveniente do Twente, da Holanda. «Os campeonatos são muito diferentes uns dos outros, o clima, a situação, mas ele respondeu muito bem e a cada ano que passa vai consolidando a sua posição. Este ano vimos um Corona muito mais competitivo na hora de disputar a bola, pode driblar e pode procurar o um-para-um. Tem coisas diferentes, no plantel é um jogador diferente de todos os outros», destacou.
Quanto ao futuro de Casillas, o guarda-redes volta a referir que vai mesmo acabar a carreira no FC Porto. «Tendo em conta que já sou um jogador bastante veterano quase a fazer 38 anos, e que o FC Porto praticamente me obrigou a ficar aqui até aos 40, suponho que seja um ponto final na minha carreira como futebolista, e que melhor maneira de acabar o meu percurso num clube como este», referiu.
Uma palavra ainda para o Real Madrid, onde Casillas cumpriu boa parte da carreira e que passa, agora, por tempos conturbados. «O regresso de Zidane é algo muito bom para os madridistas porque lhes permite recuperar a ilusão que perderam pelo caminho, mas também é negativo porque o regresso de Zidane também quer dizer que as coisas não foram bem feitas nos primeiros nove meses», referiu ainda.
