Os incidentes do Clássico não se ficaram pelas imediações do Estádio da Luz, no sábado, e prosseguiram, pelo menos, na área de serviço de Pombal onde elementos ligados às claques do FC Porto não parariam e os do Benfica poderiam entrar.
 
Após o encontro que terminou empatado a uma bola, os adeptos da Casa do Benfica de Viseu pararam em Pombal para algumas necessidades básicas, não demorando muito tempo, e acabaram por ver o autocarro vandalizado e dois dos elementos da comitiva feridos.
 
O episódio, que acabou com uma queixa nas autoridades policiais, foi contado ao Maisfutebol pelo presidente da Casa do Benfica de Viseu, Fernando Albuquerque, que disse que a comitiva «viveu momentos de terror que poderiam ter sido ainda mais graves», queixando-se que autoridades não acompanhavam a comitiva azul e branca.
 
«Já estávamos quase todos no autocarro, menos o condutor, e vimos chegar uma carrinha de nove lugares e três autocarros, um com a inscrição ‘claque oficial do FC Porto’, depois disso cerca de 40 pessoas vestidas de escuro e com capuz dirigiram-se para o nosso autocarro e nós fechámos logo as portas para que não entrassem», começou por dizer.
 
Pensando que depois disso nada se passaria, o mais grave aconteceu logo a seguir: «Sem conseguirem entrar, começaram a vandalizar o autocarro com extintores da área de serviço, bastões, soqueiras e petardos partindo os vidros e tentando pôr ainda um pote de fumo dentro da viatura, o que felizmente não conseguiram.»
 
À falta de condutor, foi então que um dos membros da comitiva, com carta para o efeito, decidiu conduzir o autocarro e sair da área de serviço, parando na saída seguinte da autoestrada A1 para que os dois feridos fossem assistidos. 
 
Ao local acorreu o 112, para assistir os feridos - tendo um deles ainda ido mais tarde ao hospital de Viseu para levar pontos -, e ainda a GNR e a PSP para dar conta da ocorrência.
 
Esta segunda-feira de manhã, o Maisfutebol tentou contactar as autoridades para saber se os agressores já foram identificados, mas ainda não conseguiu obter qualquer informação.
 
Segundo Fernando Albuquerque, outros elementos da comitiva do Benfica disseram que o líder dos Super Dragões, Fernando Madureira, fazia parte deste grupo, mas o dirigente confessa que não o viu.