Na véspera da receção ao Nacional, Sérgio Conceição teceu rasgados elogios a Luís Freire. O técnico do FC Porto confessou ser fã dos colegas que sobem a pulso, percorrendo os escalões distritais até chegarem ao patamar mais alto do futebol português.

«Top. Todos os que têm esses percursos, têm uma aprendizagem fantástica tal como os que trabalham muitos anos na formação. Por isso gosto bastante de ver jogos de escalões inferiores e da distrital. Conheço alguns treinadores que montam muito bem as suas equipas. Muitas vezes olhamos de forma não muito séria para quem trabalha nessas divisões inferiores. Há qualidade a todos os níveis e digo-o com conhecimento de causa. Não é por acaso que vamos defrontar o campeão da II Liga. Parabéns [ao Luís Freire] por esse trajeto. Sou um admirador confesso desse tipo de percurso», disse, na conferência de antevisão. 

O treinador dos dragões estendeu os elogios à forma de jogar da formação insular, assumindo que espera um jogo complicado.

«Espero um jogo historicamente difícil perante uma equipa que pratica um futebol positivo. Não é uma equipa que sofre muitos golos, aliás, até tem menos golos sofridos que nós. É uma equipa bastante compacta no processo defensivo e com uma dinâmica interessante quando tem a bola. Espero um jogo típico de campeonato. Cabe-nos limitar ao máximo a equipa adversária e explorar as as suas fragilidades. Queremos entrar fortes no jogo para o ganhar», referiu.

Conceição sublinhou que o plantel dos dragões tem noção da importância do embate com os alvinegros.

«Assim que acaba um jogo, fazemos a análise e começamos a olhar para o próximo. Há sempre preocupação em alertar os jogadores para um jogo que faz parte do grande objetivo do clube. Chegaram alguns jogadores novos, de contextos e realidades diferentes do FC Porto. Somos um clube exigente e eles vão percebendo isso no dia a dia. À medida que vamos percorrendo o nosso caminho, eles percebem cada vez mais da importância de ganhar. Independentemente da competição que estejamos a disputar, os jogadores estão com uma mentalidade boa e vencedora», frisou. 

Por último, o treinador deixou uma garantia: não haverá poupanças frente ao Nacional a pensar no Benfica. «A gestão que fazemos é olhar para o estado físico e anímico, escolher o melhor onze e tentar ganhar o jogo. O mais importante é o jogo do Nacional, é uma final para nós. Não podemos alargar o fosso para o 1.º lugar», concluiu.