Felipe, baluarte na defesa do FC Porto, diz que está a passar pelo «melhor momento da carreira», aos 29 anos, por estar a jogar na Liga dos Campeões e por estar a jogar com regularidade: nos 107 jogos que acumula na equipa do Dragão, o central nunca foi substituído, nem nunca entrou com um jogo a decorrer.

«É a minha terceira Liga dos campeões consecutiva, mas cada jogo é ainda uma sensação especial. Temos de continuar a disputar e chegar às eliminatórias, isso é importante. Temos de nos habituar a defrontar essas grandes equipas do mundo em jogos decisivos. São sempre jogos de alto nível que elevam também o nível da equipa e dos jogadores. Estamos a trabalhar forte para crescer na competição e esperamos conseguir alcançar objetivos maiores no final da temporada», destacou o defesa em declarações à ESPN do Brasil.

Felipe estreou-se como profissional em 2009 com a camisola do União Mogi, depois jogou no Bragantino, antes de se afirmar no Corinthians em 2012. Vendido ao FC Porto em 2016, Felipe ajudou a equipa de Sérgo Conceição a quebrar a hegemonia do Benfica na última temporada, marcou oito golos na liga portuguesa e foi chamado por duas vezes à seleção do Brasil. «Graças a Deus, desde 2015, quando comecei a ter uma sequência maior no Corinthians, as coisas vêm dando certo para mim. Sinto que vivo o melhor momento da minha carreira há alguns anos já. O facto das equipes serem fortes, com bons planteis e lutarem por títulos, também ajuda muito», analisou.

Agora o central espera também conseguir afirmar-se na seleção do Brasil. Despois de ter sido chamado por Dunga, em 2016, Felipe voltou a ser convocado por Tite este ano. «Sempre disse que seleção é um sonho e, claro, segue como objetivo na minha carreira, não pode ser diferente. Mas preciso estar bem no clube, fazer um grande trabalho aqui, para ser observado e receber uma nova oportunidade. É difícil projetar o Mundial que é daqui a quatro anos ainda, mas o meu objetivo é tentar manter a regularidade nesses próximos anos para chegar em 2022 com chances de fazer parte do grupo», projetou.

Uma longa entrevista em que Felipe aborda os primeiros dias no FC Porto, a boa relação que mantém com os adeptos e a fácil adaptação num plantel com muitos brasileiros. Já depois de Felipe, também chegou Éder Militão. «O Éder é um grande jogador, um bom menino, que está se adaptando ao FC Porto e ao futebol europeu. Por já ter mais anos de clube e de Europa, a gente já se acostumou ao sistema europeu, ao estilo de jogo, e procuro passar o que aprendi, não só a ele, que chegou nesta temporada, mas aos mais jovens, como o Diogo [Leite]... O plantel se ajuda muito também. O Sérgio [Conceição] e sua comissão técnica nos orientam bastante na parte defensiva, o Iker [Casillas] também conversa bastante para ajudar no posicionamento», destacou ainda Felipe na primeira parte de uma longa entrevista.