Iker Casillas, Brahimi, Aboubakar, Tello… Julen Lopetegui abriu uma exceção e aceitou falar individualmente sobre alguns dos seus atletas no FC Porto. O treinador espanhol concedeu uma longa entrevista à EFE, aproveitando esta paragem nas competições oficiais.

O Maisfutebol faz o resumo da conversa entre Lopetegui e o jornalista Antonio Torres del Cerro , tema a tema.

Aqui ficam as principais passagens do trabalho publicado pela agência de notícias espanhola.
 

Iker Casillas:
«Está a colocar toda a sua experiência ao serviço dos nossos interesses e está absolutamente identificado com a exigência de um clube como o FC Porto. Entendeu perfeitamente o que um clube destes exige».
 
«Dois sonhos deram as mãos. Ele queria vir e nós queríamos trazê-lo. Quando percebemos que estávamos em sintonia, tudo foi muito simples».

Casemiro e Óliver:
«Ambos vinham de épocas sem jogar e entendemos que tinham condições para se adaptarem à máxima exigência do FC Porto. A chave é que têm uma grande mentalidade, porque nunca se deixa de aprender. Ter paixão e ser humilde para crescer e melhorar é um conceito básico».

Yacine Brahimi:
«Vinha de uma equipa (Granada) que jogava de forma diferente do FC Porto. A sua adaptação passou por entender o jogo coletivo e continuamos nisso, porque tem de continuar a evoluir».

Aboubakar
«Apesar de ter jogado pouco no ano passado, o Aboubakar mostrou coisas importantes: humildade e inteligência para aprender. É um rapaz que treina com uma paixão espetacular. Esse é o maior segredo para qualquer jogador».

Cristián Tello
«O Cris evoluiu. A sua melhoria passou por entender que tem de ser um futebolista mais completo. Não é só estar aberto na linha e fazer uma jogada. Tem de acrescentar algo à equipa».

Rúben Neves vs. Busquets
«É mau comparar jogadores. O Rúben tem boas condições futebolísticas, boa mentalidade e uma dose suficiente de inteligência e humildade para saber que tem de melhorar muitíssimo. As comparações conduzem ao equívoco. O futebol é tão competitivo que, se parares, passam-te por todos os lados».

Ídolos no futebol
«Gostava muito de ver jogar o Platini. E também o Zidane e o Guardiola».

Campeonato vs. Liga dos Campeões
«A ilusão está em todas as competições, mas a verdade é que o campeonato é onde a regularidade tem mais influência e é esse torneio que mais nos pode fazer sonhar. Estamos seguros de que vai ser competitivo até ao fim, com o Sporting, o Benfica e o Sp. Braga, que está a um nível extraordinário».

Arbitragem: denúncias de Marco Ferreira
«Nós dedicamo-nos a treinar, mas há que investigar para preservar a boa fé na competição e preservar a liberdade e honra dos árbitros. Não podem ser coagidos. Espero que todas essas coisas, que são feias e parecem ter acontecido, possam ser limpas para sempre».

Jorge Jesus
«O que aconteceu, aconteceu. Não foi nada de extraordinário dentro do que é o mundo do futebol. O que é extraordinário é o que tem saído na imprensa sobre a arbitragem. Isso é o que mais nos preocupa».

Estilo do FC Porto
«Não acredito em estilos definitivos. Somos uma equipa que deseja ter muita posse de bola porque acreditamos que assim atacamos e defendemos melhor. Isso não significa que vamos desperdiçar os espaços para fazer uma transição rápida. Às vezes um passe longo, para a frente, é o melhor».

Futebol em Portugal
«Sabem que é o campeonato da Europa onde os jogadores correm mais quilómetros? Há um trabalho tático defensivo que é fantástico e muitos treinadores bons. É uma das ligas mais competitivas da Europa».

Héctor Herrera
«O ano passado jogou praticamente sempre, mas está há dois anos sem férias. Em 2014 jogou o Mundial e em 2015 a Gold Cup. E isso tem muita influência».

Corona e Layún
«Estamos contentes com eles. São bons jogadores, têm bom carácter e boa disposição no trabalho. Estamos encantados com a energia a capacidade deles. O Layún jogou na segunda divisão inglesa e quase sempre à frente do lateral. Já o conhecíamos há muito tempo e sabíamos que tinha condições técnicas, físicas e mentais capazes de nos ajudarem. Tem uma energia incrível».