Sérgio Conceição dissecou o Vitória, esta sábado de manhã, em conferência de imprensa. No Olival, o técnico do FC Porto abordou o adversário nesta ronda 12 da Liga e traçou os pontos fortes da equipa de Pepa, que tem apenas uma vitória fora de portas até ao momento.

«Estamos focados essencialmente na nossa equipa e no trabalho que temos de desempenhar. Olhamos para o adversário e para a sua valia, obviamente. O Vitória é um clube histórico que tem sempre associado à equipa uma paixão incrível dos adeptos. É sempre muito difícil defrontar o Vitória. Por norma, a equipa é competitiva, tem boas individualidades e bons treinadores. Exige muito aos adversários. Esperemos um Vitória dentro desse risco», antecipou, em conversa com os jornalistas no Olival. 

O treinador dos dragões desvalorizou o facto de os minhotos terem a possibilidade de apresentar uma defesa a três ao contrário do 4-3-3 mais utilizado desde o arranque da temporada.

«Cada jogo tem a sua dinâmica. O Vitória tem jogado em 4-3-3 com um médio defensivo e dois interiores. Joga com três homens na frente, sendo que dois deles, são alas muito capazes de desequilibrar. Depois, tem um homem na frente que joga bem e é a referência para fazer a ligação com os alas. O meio-campo é um misto de experiência e qualidade técnica enquanto os laterais são muito ofensivos. É uma equipa interessante com individualidades igualmente interessantes. O Vitória tem experiência e irreverência. Mas, como disse, olhamos para o que temos de fazer. Às vezes, é enganador dizer que as equipas apresentam uma linha de quatro ou de cinco. Involuntariamente, contra as equipas grandes, os alas baixam e fazem uma linha de seis. Temos de olhar para o que a nossa equipa pode fazer», disse. 

O FC Porto é o melhor ataque da Liga com 28 golos em 11 partidas, o que demonstra uma facilidade tremenda em encontrar o fundo das balizas contrárias. Porém, os dragões têm apenas três golos marcados na Liga dos Campeões, um registo claramente inverso ao das provas nacionais. Ora, Sérgio Conceição foi confrontado com esses dados e confessou que ficaria preocupado «se a equipa não criasse o que cria».

«A cereja no topo do bolo seria sermos mais eficazes. Criámos muitas ocasiões na fase de grupos da Liga dos Campeões. Se criámos quatro ou cinco ocasiões na Liga dos Campeões, criámos o dobro nas provas internas. Se calhar por isso temos mais golos. A equipa produz muito a nível ofensivo e isso vai de encontro a algumas das nuances que metemos no jogo e que são muito interessantes. De ano para ano, temos mudado e conseguimos não ser iguais ao que fomos. Faz parte da estratégia
para o jogo», finalizou. 

O FC Porto-Vitória está marcado para as 20h30, deste domingo, no Dragão.