Anderson, antigo jogador do FC Porto, defende que poderia ter ajudado o clube a chegar à final da Liga dos Campeões no ano em que sofreu a famosa lesão após uma entrada do grego Katsouranis, no Clássico com o Benfica.

Numa entrevista à ESPN, o brasileiro, atualmente com 29 anos e no Internacional de Porto Alegre, recordou a passagem pela Invicta.

«De início não jogava no FC Porto, mas na minha segunda época comecei a jogar até partir a perna num jogo com o Benfica em outubro de 2006. Um tipo entrou sobre mim. Ouvi o osso a estalar», recordou.

A lesão obrigou Anderson a paragem prolongada, quando atravessava grande momento de forma. Aliás, nesse jogo o FC Porto estava a ganhar 2-0 e viu o Benfica chegar ao empate, para depois Bruno Moraes confirmar o triunfo portista nos descontos.

«Estava a jogar tão bem que, se não me tivesse lesionado, poderíamos ter ido à final da Champions», atirou.

E depois explicou a afirmação ousada: «O FC Porto tinha ganho a Liga dos Campeões dois anos antes. Vejam esta equipa: Pepe, Bruno Alves, Ricardo Costa, Bosingwa, Paulo Assunção, Lucho Gonzalez, Raúl Meireles, Ricardo Quaresma. Perdeream 3-2 com o Chelsea na eliminatória dos oitavos de final. O Ballack marcou perto do fim.»

Anderson recordou ainda a mudança para o Manchester United, algo que aconteceu «rapidamente».

«Estava em casa um dia e o Jorge [Mendes] ligou-me, mas tinha o telemóvel desligado. Era dia de folga e queria descansar. Quando liguei o telemóvel, ele apareceu logo a dizer: ‘Anderson, o Manchester quer-te. Está aqui o Ferguson. Está aqui o Queiroz e quer ver-te. O David Gill está aqui. Quer ver-te’», contou.

Anderson diz que confiou a 100 por cento em Jorge Mendes porque sentiu que ele «estava mais interessado» no brasileiro «do que no dinheiro». «Encontrei-os no Porto. O Ferguson queria apertar-me a mão e, em vez disso, dei-lhe um grande abraço. É assim que cumprimento as pessoas», brincou.

Por fim, Anderson diz que Carlos Queiroz lhe explicou o que o Man. United queria, que era levá-lo já, o que o deixou assustado, inicialmente, por causa da língua, mas o técnico luso sossegou-o e Anderson acabou por aceitar, dizendo que era «a altura certa para sair».