Mariano Gonzalez recordou alguns episódios com a camisola do FC Porto, desde o golo em Old Trafford, o golo ao Sporting, mas também o caso do túnel da Luz. Em 2009/10, o Benfica foi campeão e nessa caminhada bateu os dragões por 1-0 em Lisboa, num jogo que ficou marcado por cenas de pancadaria no túnel.

«Sofremos e sentimos muito a suspensão a Sapunaru e Hulk, foi um golpe muito duro», disse Mariano Gonzalez no 'FC Porto em casa', numa alusão ao castigo ao romeno e ao brasileiro.

«Houve situações feias naquele jogo, parece que foi feito de propósito e tivemos de nos defender, e acabámos dois jogadores suspensos. Eram dois jogadores importantes  foi um problema para nós», lembrou. 

Ora, Mariano fez a transição para a temporada seguinte, na qual o FC Porto venceu todas as provas em que esteve envolvido, com a exceção da Taça da Liga.

«Na época seguinte, viram-se as consequências. No primeiro dia, o Villas-Boas passou aquelas imagens, que penso serem famosas, e meteu a foto daquele Benfica no balneário. Conseguimos uma época fantástica, sem que os outros tivessem argumentos», referiu.

O argentino também considera a Supertaça o jogo que mais influenciou a época 2010/11 do FC Porto.

«Com o André [Villas-Boas], os jogos de preparação não tinham saído bem e o primeiro jogo foi a Supertaça com o Benfica. Naquele jogo saiu todo o trabalho que o André tinha feito na pré-época e que ainda não tinha saído. Foi um jogo espetacular. Nesse momento, a equipa tomou consciência do que podia fazer dos jogadores que tinha. Foi o ponto de início de todo o êxito.»

Mariano Gonzalez, que acompanhou Fernando Belluschi no programa, recordou ainda um episódio com Maicon, num treino. «A rivalidade [entre argentinos e brasileiros] surgia quando havia jogos de seleção. Era sempre na brincadeira, no riso. Eu contra o Hulk ou Maicon, o Fernando era mais calado», começou por contar. 

«Mas uma vez comecei a discutir com o Maicon. Estávamos a fazer uma peladinha, ele estava chateado com alguma coisa, começou a gritar de um lado, eu do outro. Começámos a caminhar um para o outro e quando cheguei ao pé dele…vi que era um gigante e me queria assassinar [risos]. Por sorte, pararam-nos porque se não ia dar uma luta feia. Falámos e ficámos amigos.»

Quanto ao jogador que o surpreendeu no FC Porto, Mariano Gonzalez não tem dúvidas. «Já tinha visto o Bosingwa, mas surpreendeu-me pela velocidade. Nunca tinha visto igual e tinha jogado com Maicon [brasileiro do Inter de Milão]. O Zé era diferente do que tinha visto pela capacidade física. Era um pouco irresponsável e isso era ainda melhor.»