À partida para a terceira época no FC Porto e com 30 anos festejados há pouco mais de uma semana, Mehdi Taremi entende que, do ponto de vista do clube, talvez esta fosse a altura certa para tentar a sua transferência.
«A decisão é do clube. Não posso tomar uma decisão específica porque o clube tem de decidir e determinar quais são as prioridades. As decisões finais são sempre do clube», começou por dizer na segunda parte da entrevista ao Football 360.
«Se eu fosse o CEO do FC Porto... Fiz 30 anos e definitivamente não vou dar muito [dinheiro] ao FC Porto no futuro. Se quisermos calcular do ponto de vista financeiro, porque o futebol europeu é principalmente sobre questões financeiras, o clube pode manter os seus jovens e depois vender a um preço mais alto, mas minha situação não é essa, não me vão manter e vender-me em, digamos, dois anos», acrescentou.
O atacante iraniano passou ainda em revista a temporada 2021/22, onde somou 26 golos e 16 assistências. Ainda assim, acredita que podia ter feito mais se não tivesse mudado de posição a partir da saída de Luis Díaz para o Liverpool.
«Podia ter feito melhor, mas durante parte da época joguei no trio de meio-campo e esta mudança de posição tem muito impacto porque estás mais longe da baliza. Não sei, mas acho que se jogasse no meu lugar poderia ter marcado mais golos», vincou.
Taremi manifestou também o desejo de experimentar a Premier League, que «é mais atraente do que outras ligas», mas sublinhou que as opções que tomou na carreira não tiveram em conta o fator económico.
«Não tenho problemas financeiros e digo que isso não importa para mim. Eu sempre recebi menos [em Portugal]. No ano e meio em que estive em Al-Gharafa, recebi 2,3 milhões de dólares. Quando quis deixar o Al-Gharafa, tive duas propostas. Os dirigentes do Al Duhail, do Qatar, disseram-me que me iam pagar 2,5 milhões de dólares por ano enquanto o Rio Ave me dava 200 mil dólares. Houve uma grande diferença», revelou.