Em dia dos 15 anos da inauguração oficial do Estádio do Dragão, o presidente do FC Porto, Pinto da Costa, abordou a questão do fair-play financeiro para ilustrar as diferenças que defende existirem nos argumentos dos clubes para tentarem o título de campeão europeu na Liga dos Campeões.

«Nós não podemos contratar por causa do fair-play financeiro, mas depois vemos notícias do PSG e do Manchester City e percebemos que não temos as mesmas armas. Cada vez é mais difícil, mas eu e o FC Porto alimentamos esse sonho e acreditamos», considerou o dirigente, em declarações ao Porto Canal.

O presidente do FC Porto abordou ainda, no mesmo sentido, a eventual criação da Superliga europeia de clubes, considerando, metaforicamente, que «é como fazer uma sande de queijo sem queijo».

«Numa liga dos campeões, têm de estar os campeões. Em 1987, éramos todos campeões, hoje pode vir a ser campeão europeu um clube que não foi sequer campeão nacional. Fazer uma Champions League sem ter os campeões, não compreendo. Podem fazer uma prova, mas não acredito numa Champions League nova», apontou.

Pinto da Costa elegeu, ainda, à margem dos 15 anos do Estádio do Dragão, alguns momentos para si marcantes: a vitória por 5-0 ante o Benfica, o «golo do Kelvin» como melhor momento, o Deportivo da Corunha como melhor adversário estrangeiro – nas meias-finais da Liga dos Campeões em 2004 – e recordou uma altura difícil, com Paulo Fonseca.

«Era um excelente treinador, tinha condições para triunfar e podia ter sucesso, mas quis ir embora», notou.

O dirigente portista lançou ainda uma critica, em alusão ao dia em que o clube completou 125 anos, no passado dia 28 de setembro.

«Tinha uma chamada perdida de um número que não conhecia e que fui depois alertado que pertencia ao Presidente da República. De resto, o FC Porto foi completamente ignorado», registou Pinto da Costa.