O treinador do FC Porto, Sérgio Conceição, sublinhou esta segunda-feira, na antevisão ao duelo com o Olympiakos, para a Liga dos Campeões, que há uma «ordem» definida para os homens que marcam os penáltis, na sequência do desperdiçado por Uribe ante o Gil Vicente. Reconhece que perdeu um homem importante nesses lances, como Alex Telles, mas aponta ao trabalho para manter o rendimento e o aproveitamento.

«Há uma ordem de marcadores de penáltis, de acordo com o que trabalhamos e treinamos. O Matheus [Uribe], em dez penáltis, fez dez golos no treino. Acontece. Faz parte do jogo. Errar faz parte do jogo, eu também erro muito», afirmou, em conferência de imprensa.

«O Alex Telles foi embora, era um exímio marcador de livres e importante nesse momento, temos de trabalhar com outros, para que esse momento seja importante. Sabem que, quando os jogos estão equilibrados, decidem-se assim. No último jogo da Champions [em Manchester], o primeiro golo foi de bola parada e toda a gente viu o que se passou, era falta a nosso favor. O segundo golo, do Gundogan, foi de livre. Vamos trabalhar, independentemente de mais ou menos potencial. Acho que o trabalho pode compensar a saída de um jogador importante nesse momento como o Alex Telles», disse.

Sobre as alterações táticas, que foram evidenciadas em Manchester e na receção ao Gil Vicente – respetivamente o 3x4x3 como base e, depois, o 3x5x2 – Conceição sublinhou, num ponto de situação a essa aposta em campo, que «se sentisse que a equipa não estava confortável, não o faria». «Os jogadores têm de sentir-se confortáveis dentro de um sistema, que é a base para depois haver o trabalho nos diferentes momentos do jogo. Temos trabalhado para que possam dar uma boa resposta e para que se sintam confortáveis nesse modelo, que passa por toda uma dinâmica e uma identidade que a equipa tem, que não muda. Isso é importante realçar», apontou.

Instado ainda sobre a aposta nos reforços, nomeadamente pelo médio Marko Grujic, que ainda não se estreou, além das apostas em Fábio Vieira e Sarr nos últimos jogos, Conceição afirmou que escolhe «o melhor 11» dentro dos jogadores que tem.

«O Sarr foi incluído na equipa porque jogou dois anos em França num sistema de três centrais e tinha dado excelentes indicações para optar por ele, mesmo num jogo como contra o City. Aos poucos, é ir dando tempo, sem termos muito tempo para trabalhar. Incluí o Fábio porque é da equipa principal, não olhei para ele como um jogador da formação, com 20 anos», frisou.

O FC Porto-Olympiakos joga-se a partir das 20 horas de terça-feira, no Estádio do Dragão. Siga o jogo, ao minuto, no Maisfutebol.