Sérgio Conceição fez esta terça-feira a antevisão do jogo com o Atlético de Madrid, da Liga dos Campeões, que marca o reencontro com Simeone, antigo companheiro de equipa na Lazio, e foi desafiado a fazer uma comparação entre ambos.

«Ambos representamos clubes de gente muito apaixonada, representamos clubes que no seu ADN tem muito que ver com o que é a nossa personalidade, depois temos as nossas diferenças», começou por dizer.

«Na dinâmica de jogo podem escrever que as equipas são aguerridas, com muita determinação e ambição, mas quem não tiver isso hoje no futebol, ou tem uma equipa supertalentosa e consegue com outros argumentos chegar à vitória, e, mesmo assim, normalmente esses argumentos são necessários para se ganhar jogos», apontou o treinador do FC Porto.

«Alguns traços de personalidade têm a ver com aquele grupo de que fizemos parte na Lazio. Um grupo difícil de lidar e de liderar para o treinador na altura, porque era tudo gente com carácter muito forte. Não foi um ano de beijinhos, mas de muita luta para agarrar o lugar na equipa. Foi um ano muito bom em que conseguimos dar o segundo título à Lazio, mas isso faz parte do passado», frisou.

«Somos dois treinadores com muita vontade de ganhar o jogo de amanhã e é nisso que estamos focados. Eu estou, e conhecendo o Diego, ele também está».

O técnico do FC Porto falou depois sobre as declarações de Simeone, que disse que não esperava ver Sérgio Conceição treinador e que é um «cabeça dura».

«Eu sou teimoso, mas ele não será menos, porque eu conheço-o. Na altura, eu tinha 23 anos, era miúdo. Ele ja era um bocadinho mais velho, se calhar já pensava no final da carreira. Eu não, pensava em atingir o auge. Nessa altura, o meu foco era ser jogador de alto nível e mostrar isso. O Diego, na altura, se calhar já pensava no que fazer depois da carreira. Não esperava que eu fosse treinador porque não bitaitava sobre isso, ao contrário dele, que era mais bitaiteiro no balneário acerca daquilo que era a equipa».