Cinco anos no FC Porto, cinco plantéis diferentes, naturais entradas e saídas. Mas será este o grupo de trabalho mais equilibrado de Sérgio Conceição? Pela resposta do treinador percebe-se que não.

«Este é o plantel mais equilibrado?... (risos) Depende como cada um quer ver as coisas. Quando cheguei não fizemos contratações, sim, mas tínhamos o Casillas, o Maxi, o Brahimi, o Aboubakar, grandíssimos jogadores.»

«Ter mais opções num grupo depende sempre do que os jogadores derem. Sinto-me um privilegiado, por exemplo, a ver a segunda parte contra o Moreirense. Não a primeira», refletiu o treinador dos azuis e brancos. 

Na sequência do pensamento do treinador, perguntou-se se Sérgio estaria orgulhoso com o elevado número de atletas da formação lançados nos últimos jogos. Diogo Costa, João Mário, Vitinha e Fábio Vieira foram titulares contra o Moreirense. 

«O nosso trabalho é esse, não só com os jogadores que vêm da formação. Capitalizar a capacidade deles. Orgulhoso? Sim, gosto que atinjam patamares elevados. É a minha obrigação. Não é fácil ser um jogador jovem e incutir-lhes o que é importante.»

«Acho que os jogadores hoje são menos focados do que eram há uns anos, no geral», considerou Sérgio Conceição. «As horas a que chega, o que faz antes e depois do treino, o trabalho invisível. Até as equipas técnicas têm uma vida lá fora. O trabalho não tem só a ver com o campo.»