O presidente do FC Porto, Jorge Nuno Pinto da Costa, apontou ao futuro do comando técnico do novo campeão nacional com Sérgio Conceição, que tem contrato por mais uma época, dizendo que não espera morrer tão cedo e querendo contar dessa forma com o treinador de 45 anos.

«Espero vê-lo, não espero morrer tão cedo», afirmou o dirigente de 82 anos, em declarações ao Porto Canal, à margem da festa do 29.º título nacional, ao lado do técnico portista, no balneário da equipa, no Estádio do Dragão. «Agora, só sai quando eu morrer», acrescentou.

«Este campeonato foi merecidíssimo e só neste clube, com este treinador, com estes dirigentes, com estes jogadores, é que era possível transformar menos sete em mais oito. Não era possível com outro treinador, nem com outro clube», afirmou ainda Pinto da Costa.

Já Conceição referiu que «o presidente é que sabe» da sua continuidade como treinador e também elogiou o dirigente dos azuis e brancos. «Em 29 títulos, mais de 20 [22] estão na presidência deste senhor, é um orgulho», sublinhou.

«Sou um bicho um bocado raro»

O treinador, que já tinha guiado a equipa ao título em 2017/2018, abordou ainda a forma como festejou a conquista, apontando já ao objetivo de disputar as próximas duas jornadas e a final da Taça de Portugal, ante o Benfica.

«Sou um bicho um bocado raro e para explicar o meu estado de espírito, levava algum tempo. Estou feliz por este momento, por aquilo que é esta alegria de toda a gente. Aqui entro, mas também os adeptos, que fazem parte de nós. Estou a pensar já noutras situações. Que me perdoem as pessoas, mas eu de festas não gosto muito. Estou já a pensar na semana de trabalho, programas o nosso curto espaço de tempo para o jogo com o Moreirense. Queremos prepará-lo bem. Cada vez que representamos o FC Porto, temos de representar da melhor forma», afirmou, mostrando ainda orgulho pelo grupo criado até ao título, desde jovens formados no clube, outros vindos de fora e jogadores que estavam cedidos.

«Sinto um orgulho grande. Estamos a falar de jogadores… alguns deles, se recuarmos três anos, praticamente não tinham noção que podiam incluir o plantel do FC Porto. Estou a olhar para o Aboubakar que esteve emprestado, o Loum emprestado no Moreirense pelo Braga, esta miudagem nova, o Marega, o Luis Díaz é um jovem que chegou de um futebol diferente do nosso e com margem de progressão enorme. É um orgulho ver aqui, no meio desta gente, jovens do clube e jovens que não pertenciam ao clube na formação, mas que vieram acrescentar algo importante», concluiu.