Sérgio Conceição, treinador do FC Porto, em conferência de imprensa, depois da vitória sobre o Nacional (4-2), depois de um prolongamento, no Estádio da Madeira, em jogo dos oitavos de final da Taça de Portugal:
 
- Foi conseguido o mais importante, que era a passagem, num jogo bem conseguido da nossa parte. Tivemos uma dinâmica de posse muito interessante, a criar muitas ocasiões de golo. Se fôssemos mais eficazes em termos ofensivos, o resultado hoje seria histórico. Depois houve um ou outro erro individual, e parece que nesses erros, que todas as equipas acabam por cometer nalgum momento, ao longo de 90 minutos, acabam por ser fatais e dar golo ao adversário. Mas acho que não belisca em nada aquilo que foi a nossa exibição.
 
- Sinceramente preferia não ter feito o prolongamento. Fizemos mais trinta minutos, agora temos a viagem, mas é o que é. Temos de recuperar, temos um departamento médico que nos dá garantias a esse nível. Estamos habituados a jogar de três em três dias. É verdade que vamos chegar mais carregados que a equipa do Benfica [ao clássico], mas tem de ser, temos de passar por essas dificuldades, e vamos fazer tudo num jogo importante pelo principal objetivo que é o campeonato.
 
- Acho que criámos muito, tivemos períodos de grandíssima dinâmica. O relvado também não estava bom, mas dou os parabéns às pessoas do Nacional porque nota-se que tentaram ao máximo. Conseguimos em muitos momentos utilizar bem a largura, criar muitas situações de golo. Eu ficaria preocupado se não conseguisse criar essas situações, porque assim estamos mais perto de ganhar, sem dúvida. Obviamente que há aspetos a corrigir e vamos sempre à procura dessa perfeição, que é difícil de encontrar porque os jogadores são humanos.»
«Foi um jogo onde ambas as equipas quiseram ganhar e também não foi fácil para equipa de arbitragem. Houve lances duvidosos que ainda não pude ver, por isso não me posso manifestar nesse sentido. No calor do jogo é natural que olhemos para a arbitragem só de uma forma.
 
[Equipa sentiu o jogo fácil?]
 
- Sentir o jogo fácil é quando nós olhamos para a equipa que está balanceada no ataque e que permite ao adversário sair com facilidade em transições. É esse o sinal que a equipa me dá quando não está bem no jogo. Naturalmente que o FC Porto é mais forte, tem jogadores individualmente mais fortes também. Mas também há outro tipo de características que os jogadores têm de ter para não permitir ao adversário fazer golos. Acho que não foi falta de paciência, porque houve uma boa exibição do guarda-redes do Nacional. Numa ou outra vez a bola passou muito próximo do golo, por isso não é uma preocupação. Volto a dizer, ficaria mais preocupado se a equipa não criasse.