«Há clubes que querem que continue assim, por causa das verbas provenientes da qualificação para a Liga dos Campeões. Há uma discrepância entre treinadores e dirigentes de alguns clubes. Os treinadores estão maioritariamente a favor da antecipação do fecho, e as propostas nesse sentido serão apresentadas. Mas a grande questão, como o próprio Michel Platini nos fez notar, prende-se com os clubes que lutam pela qualificação para a Liga dos Campeões», explicou Villas-Boas, escolhido pela UEFA para, a par de Rafa Benitez, explicar o que foi discutido na reunião de técnicos.
Jens Keller, treinador do Schake, deu mesmo um exemplo relativo ao seu clube. «Ele explicou-nos que a contratação do Boateng (ndr: ao Milan) só foi possível com a certeza do dinheiro da fase de grupos», contou Villas-Boas. «Mas quase todos os treinadores querem uma janela mais curta, a fechar mais cedo», resumiu o técnico português do Tottenham.
Villas-Boas falou ainda de «grandes progressos» na área do «fair play financeiro». «Segundo o estudo que nos foi apresentado a dívida global dos clubes caiu 38 por cento com estas medidas. Do ponto de vista técnico é um grande passo que promove investimento na juventude, já que os jogadores formados em sub-18 não contam. Estatisticamente, veremos o impacto na face do futebol daqui por uns dois anos. Também foi discutida no fórum a questão dos fundos, algo que a UEFA não tem poder para parar, mas que vai tornar-se um problema no futuro», alertou.
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