A federação da Alemanha desafiou os jogadores homossexuais a «saírem do armário» e a romper com esse tabu no desporto no mesmo dia em que a ministra da Justiça da Alemanha, Sabine Leutheusser-Schnarrenberger convidou a seleção a desfilar no tradicional «Dia do Orgulho Gay».
«Futebol e homossexualidade» é o título de um folheto que estava a ser amplamente divulgado e que agora chegou à página oficial da federação alemã (DFB), com o objetivo assumido de ajudar os futebolistas gays e lésbicas a admitir a sua condição de homossexuais. Trata-se de um folheto de 27 páginas sob o título «Mais do que um jogo» que inclui recomendações e aponta caminhos para os jogadores que necessitem de ajuda neste campo.
O responsável pelos conteúdos no folheto é o especialista do comportamento dos adeptos e violência nos estádios, Günter A. Pilz. «Qualquer jogador, seja da Bundesliga ou das ligas regionais, que reconheça publicamente a sua condição de homossexual pode contar com toda a nossa ajuda», refere o presidente da DBF, Wolfgang Nierbach.
Entretanto, noutro plano, a ministra da Justiça, em declarações reproduzidas pelo «Bild», convidou o selecionador Joachim Löw e os internacionais alemães a participarem no tradicional desfile do «Dia do Orgulho Gay». «Uma participação desta categoria, com um autocarro a apontar para 2014, seria um sinal fantástico nessa direção», referiu Leutheusser-Schnarrenberger.
A homossexualidade no futebol tem sido um dos temas que tem estado na atualidade na Alemanha e, embora nenhum jogador de alto nível tenha rompido com esse tabu, há vários rumores a apontar alguns nomes. Um deles é Mario Gomez, que acaba de trocar o Bayern Munique pela Fiorentina. O avançado, numa entrevista à revista feminina «Bunte», em 2010, lamentava que os jogadores não pudessem assumir a alegada homossexualidade num país em que o ministro dos Negócios Estrangeiros, Guido Westerwelle, e o presidente da Câmara de Berlim, Klaus Wowereit, são assumidamente homossexuais.
Desde então, Mario Gomez tem sido perseguido nas redes sociais com comentários relativos à sua presumida homossexualidade, estendidos a alguns companheiros de seleção, incluindo Joachim Löw.