O Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol (CD/FPF) arquivou o processo disciplinar ao agente João Carlos Paula, por alegado aliciamento ao antigo guarda-redes Cássio (Rio Ave), antes de um jogo com o Benfica.

Em comunicado, o CD da FPF dá conta da decisão tomada por unanimidade na sexta-feira, relativamente ao processo instaurado em janeiro de 2024 e que remonta à época 2016/17.

Em causa estava um telefonema feito pelo agente, três dias antes do jogo com o Benfica, que venceria por 1-0, na antepenúltima jornada da Liga.

«Verifica-se assim que, além do depoimento do jogador Cássio Anjos sobre o telefonema que recebeu do denominado José Carlos, com uma duração muito curta, onde não existiu qualquer pedido, proposta ou oferta concreta, nada mais existe que possa suportar uma acusação», detalha o acórdão de arquivamento.

O mesmo documento dá conta da inquirição a Marcelo, defesa ex-Rio Ave e atualmente vinculado ao Moreirense, que reiterou a abordagem de outro agente desportivo, em 2015/16.

«Foi também inquirido o jogador Marcelo Santos Ferreira, que disse que só foi uma vez abordado no estacionamento pelo empresário César Boaventura, que lhe referiu que tinha um clube para ele e que, no meio da conversa, lhe perguntou se ele não estava disposto a fazer um penálti no jogo contra o Benfica, tendo o declarante afirmado ter pensado que se tratava de uma brincadeira», lê-se.

De recordar que César Boaventura foi condenado a três anos e quatro meses de prisão, suspensa na sua execução, por três crimes de corrupção ativa, por aliciamento de antigos jogadores do Rio Ave, para que facilitassem contra o Benfica, em 2015/16.