Os clubes das competições não profissionais têm até ao dia 30 de abril para apresentar uma candidatura ao fundo criado pela Federação Portuguesa de Futebol, com um montante total de 4,7 milhões de euros.

O objetivo é amenizar os efeitos da anulação das provas, por força da pandemia de covid-19, ajudando os clubes a cumprir as suas obrigações junto dos treinadores e dos jogadores. Por isso a federação vai estar em comunicação com o Sindicato de Jogadores e com a Associação de Treinadores, de forma a monitorizar a aplicação das verbas.

Para receber ajuda, os clubes têm mesmo de apresentar uma candidatura, e o empréstimo pode chegar aos 28 mil euros. Essa é a verba estimada para os clubes do Campeonato de Portugal e da Liga feminina.

Para as ligas de futsal (masculina e feminina), a ajuda prevista é de aproximadamente 19 mil euros por clube.

O fundo estende-se ainda à II divisão feminina (cerca de seis mil euros por clube) e ao segundo escalão de futsal masculino (cerca de cinco mil euros por clube).

Para diferenciar estes montantes, a federação teve em conta a dimensão dos plantéis de cada modalidade e dos encargos habituais de cada escalão.

Após aprovação, a federação vai entregar o dinheiro em duas tranches, a pagar em maio e junho. No entanto, a primeira fase de pagamento só será consumada junto dos clubes que provem ter os salários em dia até fevereiro, e depois a segunda tranche para aqueles que tenham tudo regularizado até abril.

Os emblemas não podem ter recorrido ao Fundo de Garantia Salarial do Sindicato, e têm de comprometer-se a manter, em 2020/21, o mesmo número de equipas que tinham esta época.

O dinheiro emprestado pela FPF será depois reembolsado em quatro anos, mas sem juros, sendo que a primeira tranche fica reservada apenas para junho de 2021, e será de 10 por cento.

As verbas vão subindo depois ao longo dos anos, mas os emblemas que mantiverem os mesmos escalões terão, como prémio, um “perdão” da última tranche, correspondente a 25 por cento do valor total.