O Beira Mar deu um passo muito importante neste domingo rumo à manutenção ao vencer no terreno dos vizinhos de Santa Maria da Feira. O «know how» de Ulisses Morais começa a dar frutos e a equipa tem agora 23 pontos, colando-se no 13º lugar à Académica, que, curiosamente, recebe na sexta-feira.

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Para o Feirense, foi o confirmar da agonia. Somou o 12º jogo sem vencer, só tem dois pontos conquistados na segunda volta, e, pese ter um calendário que não é dos piores, está cada vez mais «encaminhado» para o regresso à II Liga.

Num jogo em que cedo se viu a perder, a equipa fogaceira até reagiu bem, mas falhou um penalty, e baixou a cabeça. Voltou a acordar na segunda parte, reduziu a desvantagem, só que, na fase do sufoco, o Beira Mar foi mais matreiro e, mesmo em inferioridade numérica, até voltou a marcar. A finalização continua a ser o pecado capital da equipa de Quim Machado...

Aveirenses entram a matar

A entrada do Beira Mar levou o Feirense ao tapete. Pressionantes e bastante acutilantes no último terço do terreno, os comandados de Ulisses Morais montaram cerco à baliza de Paulo Lopes até que Zhang conseguiu descobrir por onde entrar. Num ápice, os «fogaceiros» estavam a perder, mas conseguiram reagir na mesma moeda.

Miguel Pedro empunhou a bandeira da revolta e, em duas oportunidades consecutivas, quase logrou o empate. Foi tudo? Não. Logo a seguir, uma mão de Joãozinho na área foi motivo para Carlos Xistra assinalar grande penalidade, mas Ludovic haveria de desperdiçar. De tanto querer colocar a bola, o luso-francês conseguiu enganar Rui Rego e... acertou em cheio no poste.

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O revés parece ter afetado os donos da casa, que nunca mais foram os mesmos. Aproveitou o Beira Mar para chegar ao segundo, um resultado de ouro ainda antes do intervalo. Não haveria mais para contar não fosse outra mão marota de Joãozinho que o árbitro não perdoou.

A expulsão levou Ulisses Morais a reorganizar a equipa em 4-4-1, com a troca de Serginho por André Marques, fazendo adivinhar uma segunda parte de dentes cerrados por parte dos aurinegros, afinal a especialidade do calejado técnico que costuma entrar em ação quando é preciso salvar uma equipa.

Carlos Fonseca chuta o azar

Os aveirenses caíram, quiçá, na tentação de defender a vantagem muito cedo e o convite ao Feirense para atacar foi aceite sem hesitações. Que melhor forma de reiniciar o jogo do que um golo? Foi o que Carlos Fonseca conseguiu, à terceira tentativa, num remate quase de raiva, como que a chutar o azar.

A equipa de Santa Maria da Feira, em superioridade numérica, teve, então, sobeja oportunidade para virar os acontecimentos, mas o jogo entrou rapidamente numa toada ríspida, propícia ao choque e ao nervo, que os aveirenses, mais experientes, também mais tranquilos na tabela, encararam com conforto.

A estucada final chegou na ponta do pé direito de Jaime, central reconvertido em médio defensivo, que aproveitou um corredor aberto à sua frente para encher o pé e, com a sorte de um desvio num adversário, «matou» o encontro. Definitivamente.