Nuno Manta Santos, treinador do Feirense, em declarações aos jornalistas após a derrota com o V. Setúbal no Estádio do Bonfim por 2-1:

«Foi um jogo em que as duas equipas se respeitaram mutuamente. Podemos falar de um ascendente do Vitória numa fase inicial. Chegou ao golo da vantagem e depois equilibrámos e fizemos o 1-1. Penso que a primeira parte foi equilibrada, com situações para um lado e para outro.

Sabíamos que o V. Setúbal ia ser perigoso devido à qualidade dos executantes na bola parada e à dimensão física no jogo aéreo. Foi assim que acabou por fazer o golo na segunda parte.

Tentámos reagir. O nosso modelo de jogo assenta num jogo apoiado, pelo chão. Não é para arranjar desculpas, até porque devíamos ter-nos adaptado à adversidade do terreno, mas o terreno dificultou-nos na circulação de bola e nas receções.

Com um jogo mais direto, o Vitória criou-nos dificuldades e esteve mais assertivo.

Tentámos reagir, não conseguimos, três pontos para o Vitória. Estamos a atravessar um mau momento, não ganhamos desde a segunda jornada do campeonato. Temos de reagir e aproveitar esta semana de pausa para refletir e trabalhar, acima de tudo: com trabalho e dedicação, as coisas vão mudar, certamente.»

[Fazer mais de 600 quilómetros para fazer um jogo às 21h15. Um comentário?]

«É o calendário da Liga e eu, como agente desportivo, tenho de respeitar.»

[Preocupa-o o impacto psicológico que tanto tempo sem ganhar na Liga possa provocar nos jogadores?]

«Esse impacto em termos emocionais e psicológico afeta sempre o jogador. O nosso trabalho é erradicar esse comportamento. Como somos todos profissionais, sabemos que os maus momentos aparecem. Mas se resistirmos, pior é.»