Esta sexta-feira foi o dia da despedida de Felipe Lopes que trocou o Nacional pelo Wolfsburgo e passou pela Choupana para dizer adeus aos seus companheiros e a um clube que o fez crescer quer como jogador, quer como pessoa. Na hora do adeus, o central chorou e mostrou-se feliz pelo mais um passo na sua carreira mas triste pela partida de um lugar que lhe vai deixar muitas saudades.

«Estou feliz com o passo que vou dar na minha carreira, com a oportunidade que me foi dada, mas triste por deixar as pessoas deste clube, pelos anos que passei aqui, apreendi a gostar da Madeira e do clube», começou por afirmar na sala de imprensa, naquela que foi a sua última conferência ao serviço do Nacional.

Depois revelou o que disse aos seus companheiros numa altura em que a classificação da equipa não é a desejada: «Já tive oportunidade de falar com eles e disse-lhes que o momento não é bom, mas pela qualidade que têm e união que vejo no plantel, este é talvez o grupo mais unido em torno dos objectivos do clube, tenho a certeza que vão sair desta situação e lutar por coisas boas. Lógico que vou estar a torcer sempre por eles e pelo Nacional».

Ainda sem saber dizer uma palavra em alemão, confirma que esta mudança para o Wolfsburgo «é um sonho». «Todos pensam em crescer em termos de carreira. Comigo não é diferente. Precisamos de dar pequenos passos nos objectivos e foi isso que fiz ao longo destes anos». E prometeu aos adeptos: «Ainda não sei nenhuma palavra em alemão mas vou aprender».

Sobre a nova competição que vai disputar, teceu grandes elogios. «Vou para um campeonato muito bem organizado, com bom ambiente, equilibrado, talvez um dos mais equilibrados na Europa».

Eliminação do Zenit foi marcante

Nesta passagem pela Choupana, Felipe Lopes relembra vários momentos muito bons. Mas um foi sem dúvida especial. «Tive ótimos momentos aqui no Nacional. Mas o mais marcante foi sem dúvida a passagem da eliminatória com o Zenit. Foi algo que nos superamos e em que 95 por cento das pessoas não acreditavam», disse o central.

No final da conferência, o defesa emocionou-se ao falar da partida e chegou mesmo a chorar. «Vou sentir muita falta da Madeira. Foi aqui que formei a minha família e esta ilha ficará marcada para sempre na minha vida. Este lugar e muito especial e fizemos muitos amigos. São coisas da vida e temos de encarar esta realidade», finalizou com as lágrimas nos olhos.