Para ser campeão do mundo Felipe Massa tem de vencer o Grande Prémio do Brasil, em São Paulo, a 2 de Novembro, e esperar que o pior aconteça a Lewis Hamilton da McLaren, que lidera o mundial com sete pontos de vantagem. O piloto brasileiro da Ferrari vai correr em casa na derradeira jornada do campeonato, mas sabe que isso não significa que todos torçam por si.
«Dá mais gozo ganhar quando não acreditam em nós. Sei que a minha reputação é diferente de quando fazia os test-drives da Ferrari, mas a minha estreia pela Sauber [em 2002] aconteceu demasiado cedo e tinha um carro difícil de conduzir. Consegui bons resultados, ganhei alguns pontos e cometi muitos erros, o que não foi bom para a minha imagem. Demorei muito tempo a recuperá-la», recordou Massa, citado pela imprensa italiana, referindo-se ao castigo da Sauber, que prescindiu dos seus serviços em 2003, emprestando-o à Ferrari.
«Felizmente, as coisas mudaram. Aprendi muito como test-driver da Ferrari, foi uma verdadeira universidade. Michael Schumacher era como um professor e eu aprendi muito com ele. O meu momento chegou e estou feliz por isso», acrescentou o brasileiro, que assinou pela scuderia em 2006.
Ao fim de dois anos na Ferrari, apenas Hamilton separa Massa da glória mundial. E apesar de o director da Renault, onde alinha o espanhol Fernando Alonso, não acreditar que o britânico volte a deixar escapar o título na recta final da temporada, Flavio Briatore entende que as probabilidades não estão todas do lado do britânico.
«Não se pode ganhar sempre e, por vezes, temos de nos contentar com um segundo, terceiro ou quarto lugares. Hamilton aprendeu a lição da última temporada. Se eu tivesse de apostar, apostaria em Hamilton, porque é quem tem mais probabilidades de vencer, mas quem quiser ganhar mais dinheiro deve apostar na vitória do Massa», perspectivou o dirigente.