Muitas homenagens, lágrimas e palavras sentidas marcaram, este domingo, o adeus a Fernando Gomes, o bibota, no funeral realizado na Igreja das Antas, no Porto.

Entre familiares de Fernando Gomes e muitos adeptos, várias personalidades relevantes do futebol nacional marcaram presença para tributar o antigo futebolista, que faleceu no sábado, vítima de doença prolongada, aos 66 anos.

O presidente do FC Porto, Jorge Nuno Pinto da Costa, o administrador da SAD Luís Gonçalves e o treinador, Sérgio Conceição, estiveram entre as figuras dos azuis e brancos a marcar presença nas cerimónias fúnebres, mas também o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, o Ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, o presidente da Liga, Pedro Proença, o presidente do Sporting de Braga, António Salvador, os treinadores Augusto Inácio e André Villas-Boas, além de Paulo Futre, entre outros.

Muitos adeptos do FC Porto, que marcaram presença no adeus, homenagearam Fernando Gomes, quer junto ao Estádio do Dragão e em particular junto ao Museu, quer no percurso do cortejo fúnebre, até às palmas no último adeus, na entrada da urna no tanatório da Lapa.

Fernando Gomes: o eterno bibota vai marcar golos no céu

«Não sendo o meu clube, era um profundo admirador dele», destacou José Luís Carneiro. Por seu turno, aos jornalistas, Augusto Inácio falou numa «perda, não só para o FC Porto», mas também «para o futebol nacional».

Já André Villas-Boas, vincando uma «perda irreparável», sugeriu a gravação das iniciais de Fernando Gomes nos camisola nove do FC Porto. «As homenagens foram prestadas imediatamente. Penso que uma pessoa tão simples, honesta e com uma forma tão feliz e frontal de encarar a vida, acho que é a máxima memória que levamos dele», apontou, ainda.

«É uma marca muito negativa, o futebol português, infelizmente, nos últimos anos, tem perdido as suas marcas, que marcam Portugal. Fernando Gomes era uma figura extraordinária, mas muito acima disto era uma pessoa que conseguia criar unanimismo perante todos», destacou Pedro Proença.

Paulo Futre, visivelmente agastado, falou num «líder» e «capitão». «Sem ele não estava aqui, fizemos uma dupla do outro mundo», lembrou.