Fernando Santos escolheu 25 jogadores para a última convocatória antes da lista final de 23 para o Mundial 2018 e admite que a escolha não foi fácil. O selecionador estima que estarão aqui «70 por cento» das suas opções finais. 

O técnico respondeu assim à questão se esta é uma lista próxima da final: «Não posso afirmar isso. Há dois anos, antes do Euro, a lista para Bulgária e Bélgica estava muito mais próxima. Há 25 jogadores convocados, vários que não estão aqui e podiam estar. Não foi uma convocatória fácil. Se pudesse, se fosse compatível, teria convocado 30.»

«Há dois que não estão por indisponibilidade neste momento: Pepe e Danilo. Em condições normais farão parte de uma convocatória final. Não há aqui nenhum critério fechado nem jogador indiscutível, mas é óbvio que já jogadores com maior peso. Eu diria que estamos na ordem dos 70 por cento. As percentagens são sempre de difícil leitura, e no final dizem que é 80 ou 60, mas é uma convocatória com jogadores que em condições normais estarão presentes, mas para além do Pepe e Danilo há jogadores que não estão agora mas estiveram em novembro: Rony, Bruma, Neto, Paciência, Ricardo…se pensarmos em novembro e agora, aí diria que estamos muito perto», referiu.

Fernando Santos recomendou, de resto, que esta convocatória não fosse dissociada da lista anterior: «Espero que consigam integrar a convocatória de novembro e esta agora. Há jogadores que estiveram na de novembro e não estão agora que podem perfeitamente estar na lista para o Mundial.»

O selecionador assume mesmo que a convocatória para o Mundial2018 será «seguramente» mais difícil do que a lista para o Euro2016. 

«A convocatória de março de 2016 estava mais perto da lista final. Não digo isto só por dizer. Podia ter metido aqui 30 jogadores. Quando comecei tinha 36 e acabei com 25. Se assim é, é por ter mais dúvidas neste momento», confessou.

Fernando Santos que a estratégia delineada para o Mundial será a base das escolhas para a lista final, mas falou também da influência de ver o número de jogadores por setor.

Confrontado com a falta de ritmo de alguns jogadores, o selecionador respondeu que «não há tanto essa questão» na lista para o Mundial. «Alguns têm excesso de jogos, 60 ou mais, e podem estar cansados, outros têm menos. Na final final temos os jogadores três ou quatro semanas antes. É quase como uma nova época.»

«Quando for para preparar o Mundial, a minha equipa técnica, que tem demonstrado que é altamente competente nessa área, vai encontrar um balanço entre os que têm menos ritmo e os que têm ritmo a mais», garantiu.

Fernando Santos explicou ainda a escolha dos adversários nestes jogos de preparação (tanto em março como em maio/junho) procurou antecipar as dificuldades que vão ser encontradas na fase final.

«Havia várias opções. Chegámos a ter a possibilidade de jogar com o Brasil. Brasil e Holanda são algo parecidos com a Espanha. Tivemos também a preocupação de conhecer, o melhor possível, estas equipas de continentes diferentes. Vamos ter Egipto, Tunísia e Argélia, que estão mais perto daquilo que são as seleções de Marrocos e Irão. É importante ter esse contacto também, que os jogadores têm menos», explicou o líder da equipa das quinas, embora lembrando que conhece bem os outros selecionadores.

«Conhecemos bem o Carlos Queiroz e eu conheço bem o Hector Cúper, defrontei-o muitas vezes nos clubes e tenho a presunção de que o conheço um bocadinho, mas é importante conhecer com outros jogadores», concluiu.