Portugal vence, a Suíça também. Assim tem sido a disputa no Grupo B de qualificação para o Mundial de 2018, desde que em setembro do ano passado a equipa das quinas perdeu em terras helvéticas (2-0) no arranque desta fase de grupos.

Dia 10 de outubro, no Estádio da Luz, na última jornada, joga-se uma espécie de final contra os suíços pelo primeiro lugar do Grupo B, que vale o apuramento direto? Sim, diz Fernando Santos, porém, para lá chegar há que vencer na Hungria, já no próximo domingo, e em Andorra (a 7 de outubro), adverte o selecionador.  

«Para tornarmos o jogo com a Suíça numa final há que vencer as outras três. Vencemos hoje uma, agora estamos focados em ir à Hungria e também vencer», disse Fernando Santos na sala de imprensa do Estádio do Bessa, após a goleada por 5-1 frente às Ilhas Faroé.

Sobre o jogo, o selecionador reconhece que «nem tudo correu bem», apesar da vitória folgada: 

«Tivemos 15 minutos iniciais muito bons, a equipa entrou muito pressionante, rápida na recuperação da posse de bola, e fizemos um golo. Depois tivemos um ciclo menos positivo até fazermos o segundo golo, em termos de circulação da bola começámos a exagerar no jogo interior, com muitos cruzamentos no espaço aéreo, o que facilitava o trabalho das Ilhas Faroé. A partir daí, perdemos alguma concentração defensiva e eles marcaram. Esta seleção das Ilhas Faroé só nos podia criar perigo em contra-ataque ou de bola parada, como aconteceu através de um lançamento. Não gostei nada de ter sofrido aquele golo. Preocupação existe sempre. Quando sofres um golo pensas "vamos ver se a ansiedade não se vai instalar". Disse aos jogadores que ser melhor mostra-se em campo com o respeito que se tem pelo adversário. Depois, os jogadores mudaram o chip e na segunda parte a partir do 3.º golo o jogo começou a fluir. Ganhar dá moral. Agora vamos pensar no jogo da Hungria.»

Uma das notas do jogo foi o regresso de Nélson Oliveira, dois anos depois, que a cinco minutos do final da partida sentenciou o resultado em 5-1, o que mereceu também o comentário do selecionador nacional: «O Nélson Oliveira tem perfil de ponta-de-lança. Prometeu muito e ainda vai a tempo de dar tudo aquilo que já prometeu. Como outros. Podia também ter entrado o Bruma, houve um momento em que pensei que podia pô-lo em campo.»