Rabah Madjer, Paulo Futre, Juary e António Sousa. Nomes maiores do plantel do F.C. Porto na temporada de 1986/87. Este domingo, no Estádio do Dragão, mataram as saudades e falaram sobre os momentos que passaram juntos no balneário dos dragões. No final da homenagem de que foram alvo esta tarde, deixaram algumas impressões. Madjer é agora comentador televisivo, Juary treina uma equipa de juniores em Itália, António Sousa é um treinador no desemprego e Paulo Futre está afastado do mundo do futebol.
Rabah Madjer:
«Parece que foi ontem que disputámos aquela final. Estou muito feliz por reencontrar toda esta gente. Adeptos, dirigentes e todos os meus colegas de equipa. Serei para sempre do F.C. Porto».
Paulo Futre:
«Aquela noite foi marcante. Mudou-me a vida completamente, pois passado algumas semanas já estava em Madrid, com a camisola do Atlético. Agora tenho que agradecer ao F.C. Porto esta recordação, até porque há muito não estava com a maioria dos meus companheiros. Ainda não conhecia o Estádio do Dragão, foi impressionante estar no relvado».
Juary:
«Ao pisar a relva do estádio só pensei ¿que pena não poder jogar hoje¿. Foi maravilhoso abraçar todos estes amigos. A única tristeza foi não poder reencontrar o Zé Beto, que já não está entre nós. Como foi Viena? Estivemos tensos durante 45 minutos. Estava no banco e só sentia raiva, muita raiva. Uma equipa como a nossa não podia jogar daquela forma. Parecia que estávamos com medo. Mas ao intervalo o Artur Jorge deu duas ou três palavras e percebemos que era a última oportunidade que tínhamos de entrar para a história do futebol mundial. Eu vinha de uma lesão, mas duas semanas antes o Artur Jorge veio ter comigo e disse-me ¿prepara-te que eu vou precisar de ti¿».
António Sousa:
«É mais um dia especial na minha vida. Fazer o que se fez hoje é rever o que se passou há 20 anos atrás e estar com colegas que já n víamos há muito tempo. Foi uma ideia brilhante e extremamente importante para mim e para o clube.