Extremo-direito

Nascido em 1/2/1915. Falecido em 23/2/2000

Jogou entre 1932 e 1965 

TRÊS RAZÕES PARA VOTAR 

1. É uma lenda, acentuada pelo facto de ser o mais antigo dos nomeados. Só o aparecimento do fenómeno Garrincha lhe tirou o título de melhor extremo de todos os tempos. Era rápido, mas também ágil, tecnicista e imaginativo, tudo aquilo que o futebol inglês estava longe de ser nesses anos musculados. Chamavam-lhe o feiticeiro do drible. 

2. Recebeu a primeira Bola de Ouro para o melhor jogador europeu em 1956. Foi o melhor extremo-direito no Mundial de 1954. Por incrível que pareça, só ganhou uma Taça de Inglaterra, em 1953. Aos 33 anos recebeu pela primeira vez o prémio para o melhor jogador de Inglaterra. Esperou até aos 48 anos para receber o segundo. Abençoada paciência... 

3. Jogou até aos 50 anos na I divisão inglesa. Como começou aos 17, teve 33 anos de carreira como profissional, com classe do primeiro ao último dia. E nunca viu um cartão vermelho, segundo as suas próprias palavras porque «gostava demasiado do jogo para abandoná-lo mais cedo». 

E TRÊS RAZÕES PARA NÃO VOTAR 

1. Participou, impotente, num dos maiores fiascos da história do futebol: a presença da Inglaterra no Mundial de 1950. Autodesignados principais favoritos à conquista do título, os ingleses ficaram-se pela primeira fase, sendo derrotados até pelos Estados Unidos. 

2. Participou, impotente, em outro dos maiores fiascos da história do futebol: a derrota que a Hungria impôs à Inglaterra, em Wembley, a 25 de Novembro de 1953 (6-3). Era a primeira vez que os ingleses perdiam em casa. Pouco depois, foram a Budapeste, com espírito de revanche. Levaram 7-1...

3. Contribuiu com os seus dribles arrasadores para os 10-0 com que a Inglaterra brindou a selecção portuguesa no Jamor, em 1947. Deixou cá as botas, como souvenir para os adeptos embasbacados. Passaram-se décadas até conseguirmos resolver esse trauma, íamos agora votar nele?