O novo presidente da FIFA garantiu na segunda-feira que o organismo trabalhará com todos os governos para reforçar a segurança nos estádios de futebol, depois dos últimos atos terroristas em recintos desportivos, no Iraque e em França.

Numa conferência de imprensa em Assunção, no Paraguai, na primeira etapa de uma visita a várias federações da América do Sul, Gianni Infantino considerou os recentes atentados «uma tragédia que deve motivar uma reflexão de todos».

Infantino referia-se ao atentado, entretanto reivindicado pelo Estado Islâmico, levado a cabo no fim de semana passado num estádio de futebol em Iskandariyah, no Iraque, que causou 41 mortos e mais de uma centena de feridos.

O presidente da FIFA lembrou também os atentados ocorridos a 13 de novembro, em Paris, um dos quais nos arredores do Stade de France, onde decorria um jogo particular entre as seleções da França e a Alemanha, que obrigou a um reforço da segurança durante o próximo Europeu de futebol, que se realiza no país entre 10 de junho e 10 de julho.

Infantino anunciou também que a FIFA vai testar nos próximos meses o recurso dos árbitros a imagens de vídeo nos encontros particulares disputados sob a sua égide.

Gianni Infantino explicou que a FIFA ainda terá de tomar decisões sobre o funcionamento desta tecnologia e a sua articulação com as equipas de arbitragem, mas disse estar convencido «de que a tecnologia pode ajudar o futebol».

«Há situações muito pouco claras que podem alterar um jogo. Nessas situações a tecnologia pode ajudar o árbitro», afirmou.

O presidente da FIFA disse ainda que o uso de novas tecnologias deve ser testado em jogos particulares para avaliar o seu impacto no «fluxo de jogo», antes de ser utilizado nas competições oficiais.