Marrocos vai receber, em fevereiro de 2023, o Mundial de clubes, ainda no formato de sete equipas, embora a FIFA tenha previsto um novo modelo e alargamento a partir de 2025.

A decisão de Marrocos receber a competição foi anunciada esta sexta-feira, no Conselho da FIFA, num momento em que a seleção marroquina é um dos grandes destaques no Mundial 2022 do Qatar, disputando no sábado o jogo de atribuição do terceiro lugar, diante da Croácia.

No Mundial de clubes estarão, entre outros, o campeão europeu Real Madrid, o Flamengo, como campeão da Taça dos Libertadores, e os norte-americanos do Seattle Sounders, os primeiros campeões do torneio da CONCACAF (América do Norte, Central e Caraíbas).

A competição, que decorrerá entre 1 e 11 de fevereiro, é uma das últimas no atual modelo, com a FIFA a projetar um novo formato, para 2025, numa espécie de campeonato ao longo de um mês, com 32 equipas, a disputar em junho.

«Será um Mundial de Clubes de 32 equipas, a cada quatro anos, e a primeira edição será no verão de 2025. As melhores equipas do mundo serão convidadas a participar», afirmou o presidente do organismo, Gianni Infantino.

O líder da FIFA, recorde-se, já disse que a mudança pretende que a competição, no futuro, se assemelhe a um campeonato do mundo.

A FIFA pretende também criar um novo Mundial de Clubes feminino, bem como um Mundial de futsal. Todos estes ajustes no calendário internacional, contudo, deverão ter em conta a saúde e bem-estar dos jogadores, destacou Infantino.

«Precisamos de garantir que haja um período de descanso para os jogadores. Faremos consultas sobre esses tópicos e elaboraremos», vincou.

No Conselho da FIFA foi também aprovado um orçamento de cerca de 10 mil milhões de euros para o ciclo 2023-2026.

Nesta reunião, foram aprovadas ainda medidas para regulamentar a ação dos agentes e empresários de futebol, de forma a dar um «passo importante para o estabelecimento de um sistema de transferências mais justo e transparente». 

Os agentes terão de estar inseridos num sistema de licenciamento, vão ficar proibidos de «representação múltipla para evitar conflitos de interesses» e terão um limite máximo de comissões.

Nota ainda para as alterações nos Códigos de Ética e Disciplinares da FIFA.

«A partir de agora, todas as formas de abuso, assédio e exploração sexual não estão sujeitas a um prazo de prescrição para a ação penal», assegura o organismo, que também quer lutar contra a «manipulação de jogos».