A figura: Raphael Guzzo
Em dia de exibição discreta da seleção portuguesa, o médio foi o elemento que mais próximo esteve do valor apresentado na fase de grupos. Marcou o primeiro golo, com um belo trabalho dentro da área, e no início da segunda parte voltou a tentar a sua sorte em duas ocasiões. Ainda assistiu André Silva para a melhor ocasião da etapa complementar (sem contar com os golos, claro), mas a quebra física foi tornando-se evidente, e por isso Hélio Sousa substituiu-o por Estrela.

CRÓNICA DO JOGO
 
Positivo: Gelson Martins
A defesa compacta da Nova Zelândia deixou pouco espaço para arrancadas, mas Gelson Martins nunca deixou de procurar a irreverência habitual. As fintas curtas foram aparecendo, embora a espaços, e o extremo acaba por estar associado a quase todos os lances de maior perigo da equipa lusa. A três minutos do fim carimbou o apuramento com um golo fantástico, num lance em que tira dois adversários do caminho com simulações e depois conclui de trivela.
 
Negativo: Gonçalo Guedes
Voltou a ser titular, tal como na primeira jornada, mas voltou também a não justificar esse estatuto. Continua «preso» e sem capacidade para desequilibrar, apesar do esforço visível para arrancar sinais positivos para a exibição. Tem sido o extremo com menor rendimento da equipa, e isso pode influenciar as opções de Hélio Sousa para os quartos de final.
 
Outros destaques:
 
Rony Lopes
Ainda está longe do que pode fazer, mas parece estar a soltar-se aos poucos. Os primeiros lances de perigo de Portugal tiveram quase todos a sua assinatura, e ao minuto 22 ficou mesmo a centímetros do golo. Já na segunda parte criou mais uma situação de perigo, com um belo trabalho à entrada da área. Acabou o jogo na ala, após a saída de Gelson, com Hélio a reforçar a zona central com Janio Bikel.
 
Mauro Riquicho
Mais uma bela exibição do lateral direito português, que poucos duelos individuais perdeu neste Mundial, até ao momento. Muito sólido defensivamente, e a apoiar o ataque com muito rigor e eficiência.
 
Holthusen
Dois minutos de ter entrado fez o golo do empate da Nova Zelândia, num lance de felicidade mas também de perspicácia. Logo a seguir voltou a ameaçar a baliza de André Moreira, mas atirou ao lado.